postado em 18/11/2008 15:15
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou que é "inevitável" uma desaceleração da economia brasileira por causa de crise internacional de crédito, apesar de não haver ainda sinais de redução do ritmo no setor industrial.
"Apesar de ainda não termos a dimensão exata desse impacto, sabemos que uma desaceleração do nosso crescimento econômico é um cenário inevitável", afirmou o ministro durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, sobre o projeto que cria o Fundo Soberano do Brasil.
Segundo o ministro, o efeito mais imediato da crise sobre a economia está relacionado com a disponibilidade de crédito. Por isso, segundo ele, é importante manter os investimentos programados no país.
Miguel Jorge afirmou que os investimentos em infra-estrutura já contam com recursos, mas que na área de comércio exterior a situação é mais preocupante.
"Para manter o ritmo dos investimentos, o crédito é uma variável crucial", afirmou. "Projetos de investimentos voltados à exportação, além da restrição de crédito, enfrentarão um cenário de redução da demanda mundial." GM.
O ministro afirmou que não vê risco de as montadoras brasileiras precisarem de um socorro nos mesmo moldes que está sendo estudado para esse setor nos EUA. O governo brasileiro já anunciou recursos para os bancos de montadoras poderem continuar financiando suas vendas ao consumidor.
O governo dos Estados Unidos já anunciou um socorro financeiro para as fabricantes americanas de automóveis Chrysler, General Motors e Ford que deve superar os US$ 25 bilhões.
Miguel Jorge destacou, por exemplo, o caso da General Motors. "É uma situação totalmente diferente da GM nos EUA. A GM do Brasil deve ser uma das unidades mais lucrativas do mundo. Ela não precisará de dinheiro da matriz para fazer os investimentos programados no Brasil."