Economia

Bolsas européias se recuperam no fim dos negócios e fecham em alta

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postado em 18/11/2008 15:49
As principais bolsas da Europa fecharam em alta nesta terça-feira (18/11), depois de passar quase todo o dia com perdas devido aos temores de uma recessão global. A virada ocorreu após a surpreendente abertura com ganhos nas bolsas americanas, que foi o estopim para que os investidores fossem às compras mesmo com a divulgação de dados macroeconômicos ruins. A Bolsa de Londres fechou em alta de 1,85%, ficando com 4.208,55 pontos; a Bolsa de Paris subiu 1,11% no índice CAC 40, fechando com 3.217,40 pontos; a Bolsa de Frankfurt ganhou 0,49% no índice DAX, para 4.579,47 pontos; a Bolsa de Milão subiu 0,24% no índice MIBTel, ficando com 15.728 pontos; a Bolsa de Zurique teve alta de 0,52%, encerrando o dia com 5.675,58 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Amsterdã teve ganho de 1,74% no índice AEX General, indo para 250,62 pontos. Depois de amargarem perdas ontem e em boa parte dos pregões hoje, as Bolsas européias se recuperaram com os investidores em busca de "pechinchas", o que garantiu o fechamento no azul. Em Wall Street ocorreu o mesmo, dando subsídio para que o mercado europeu saísse às compras. Todo esse movimento ocorreu a despeito da série de más notícias que empurram cada vez mais a economia global para a recessão. Na semana passada, a zona do euro entrou em recessão: o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas de um país) da região teve uma contração de 0,2% no terceiro trimestre do ano; no segundo trimestre a economia já havia registrado contração de 0,2%, segundo dados da Eurostat (a agência européia de estatísticas). Itália e Alemanha já estão tecnicamente em recessão, e o governo britânico também espera resultados negativos do PIB referentes ao terceiro e quarto trimestres. EUA Os EUA devem seguir o mesmo caminho: no trimestre passado, o PIB teve retração de 0,3% e para o trimestre em curso a expectativa é de uma nova retração ao menos da mesma intensidade. O dia também contou com uma série de indicações de redução na inflação. Uma inflação em queda é sinal de menor demanda, que por sua vez sinaliza retração na atividade econômica. Hoje, oÍndice de Preços no Atacado norte-americano (IPI, na sigla em inglês) apontou deflação de 2,8% em outubro, no terceiro mês consecutivo de variação negativa desse indicador. Em setembro, o mesmo índice já havia registrado deflação, mas de 0,4%. O mesmo ocorre no Reino Unido, onde o índice de preços ao consumidor indicou hoje inflação de 4,5% em 12 meses até outubro - 0,7 pontos percentuais a menos do que em setembro.

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