postado em 18/11/2008 16:06
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve emendar o seu terceiro pregão consecutivo de perdas, sem que os investidores achem disposição para voltar às compras. A perspectiva de uma recessão global faz a bolsa patinar em torno dos 35 mil pontos, sem dinheiro novo no mercado e num ambiente de alta aversão ao risco. O câmbio marca R$ 2,30.
O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, sofre queda de 3,47% e alcança os 34.502 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,03 bilhões.
O dólar comercial é comercializado a R$ 2,310 para venda, o que significa um avanço de 1,44% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 465 pontos, número 1,97% acima da pontuação anterior.
As Bolsas européias, que passaram o dia com ações desvalorizadas, viraram perto da conclusão das operações e fecharam em alta, a exemplo de Londres (1,85%) e Frankfurt (0,49%). Nos EUA, a Bolsa de Nova York ainda registra ganhos de 0,54%.
Nesta semana, o governo japonês admitiu que o país já entrou, tecnicamente, em recessão, após registrar dois trimestres consecutivos de contração do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas de um país). Nos últimos dias, várias economias européias também reconheceram que também já caíram em recessão. E nos EUA, epicentro da crise financeira, vários analistas já consideram que a maior economia do planeta não deve escapar de um encolhimento de seu produto nacional.
Notícias do dia
Entre as principais notícias do dia, o Departamento do Trabalho dos EUA revelou que o Índice de Preços no Atacado (IPI, na sigla em inglês) apontou deflação de 2,8% em outubro ante 0,4% em setembro. Trata-se do maior declínio num mês em mais de 60 anos. Economistas do setor financeiro estimavam uma deflação em torno de 1,8%. No front doméstico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que as vendas no comércio no país cresceram 1,2% em setembro, na comparação com o mês anterior.
A inflação medida pelo IPC-Fipe, na segunda quadrissemana de novembro - 30 dias até 15/11 - teve variação de 0,58% ante 0,57% da leitura na primeira quadrissemana.