postado em 18/11/2008 18:15
As vendas do varejo no Distrito Federal caíram 5,24% em outubro deste ano com relaçãoa setembro, e 5,06% com relação ao mesmo mês de 2007. Os são dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista, realizada pelo Instituto Fecomércio, ligado à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF). Segundo o diretor do Instituto Fecomércio, Mauro Machado, já era esperado que a crise financeira aparecesse refletida em cheio nos números relativos ao consumo no Distrito Federal do mês passado.
Na composição da média geral de vendas registrada em outubro, todos os segmentos do comércio local registram recuo no seu desempenho. Os segmentos bens semiduráveis (roupas, calçados) comércio automotivo, materiais de construção, bens não duráveis (alimentos, bebidas) e bens duráveis (fogão, geladeira, televisores) registraram desempenho negativo em comparação com setembro de 2008, com quedas de 9,1%, 7,8%, 5,0%, 3,4% e 0,49%, respectivamente.
Olho do furacão
;Outubro foi o olho do furacão da crise, e as vendas foram atingidas principalmente pelo que ocorreu no setor automotivo, onde a restrição de crédito e de prazo e a alta nos juros foram fortemente sentidas. Mas estamos esperançosos. As medidas governamentais de liberação de dinheiro e a manutenção da taxa Selic são pontos positivos. As lojas de shoppings e de ruas mesmo, que não foram nem de longe tão afetadas quanto as concessionárias de automóveis, estão se adaptando ao momento, fazendo promoções com financiamento próprio ou para pagamento à vista;, afirma Machado.
Segundo ele, a não-alteração dos juros no cartão de crédito, um dos principais instrumentos de compra da classe média, constituiu num ;alento; para o pequeno comércio e para lojas que comercializam móveis, eletrodomésticos e afins no crediário.
;Estamos esperando que as vendas comecem a melhorar agora em novembro, e temos uma expectativa de crescimento de 2% delas no Natal com relação à mesma data de 2007. Essa é a nossa previsão mais pessimista, mas pode ser que se tenha um cenário melhor;, diz o diretor.
Forma de pagamento
A Pesquisa Conjuntural do Instituto Fecomércio afera as formas de pagamento mais comuns entre os consumidores do DF. Em outubro de 2008, o volume de vendas negociado por meio de pagamentos à vista correspondeu a 67,5%, o que representa uma queda em relação a setembro, mês que obteve 68,4% do montante de vendas. A modalidade de cartões de crédito cresceu de 14% para 14,6 %. Nos pagamentos a prazo, houve redução de 11,8% para 11,6% em relação a setembro de 2008. Já os pagamentos com cheque pré-datado registraram crescimento de 5,8%, e convênio, de 0,5%.
Emprego
Já a oferta de empregos pelo comércio varejista do Distrito Federal no mês de outubro deste ano registrou aumento de 1,43% em relação a igual mês do ano anterior. Em comparação com setembro, houve queda de 0,18%. Os segmentos de bens duráveis e bens não duráveis apresentaram crescimento de 4,32% e 0,9%, respectivamente. Já os segmentos de bens Semiduráveis, comércio automotivo e materiais de construção registraram recuo de 1,2%, 3,3% e 4,0%. O índice acumulado do ano está negativo em 0,07%.