postado em 18/11/2008 19:38
O preço do barril do petróleo cru fechou nesta terça-feira (18/11) em baixa de 1%, a US$ 54,39, na Bolsa Mercantil de Nova York. Este preço, o menor dos últimos 22 meses, é US$ 0,56 por barril mais baixo que o alcançado no fechamento anterior, quando os contratos de futuros do barril do petróleo cru para entrega em dezembro terminaram a menos de US$ 55.
A cotação da commodity já está US$ 92,88 mais barata (63%) que no dia 11 de julho, quando se alcançou o preço recorde de US$ 147,27 por barril.
O preço dos contratos de gasolina e combustível de calefação para entrega em dezembro caíram nos dois casos US$ 0,04 por galão (3,78 litros), até US$ 1,13 e US$ 1,75, respectivamente.
O barril do petróleo cru fechou hoje pela terceira sessão consecutiva em queda, já que os investidores temem há meses que o arrefecimento econômico reduza com força o consumo e a demanda de combustíveis, o que lhes leva a ver o petróleo como um investimento menos rentável a curto prazo.
Neste sentido, as informações macroeconômicas que dia a dia se sucedem confirmam a tendência para a recessão nos Estados Unidos, que se juntaria à situação na qual já se encontram zona do euro, Japão e Hong Kong, entre outras economias.
A Associação Americana do Automóvel afirmou que o arrefecimento econômico fará com que diminua o número de americanos que viajará no final de mês para celebrar o Dia de Ação de Graças (em 27 de novembro) - deverá ser a primeira vez desde 2002.
A estimativa considera, inclusive, o fato de que agora a gasolina está 33% mais barata que há um ano, já que o galão custa uma média US$ 2,068, em comparação aos US$ 3,095 de então.
O preço da gasolina nas bombas dos EUA está em seu nível mais baixo nos últimos 21 meses e, segundo a pesquisa diária realizada pela AAA, acumula uma queda ininterrupta de 62 dias.
Desta forma, o preço atual é quase a metade do alcançado em julho passado, quando tocou seu recorde histórico e chegou a US$ 4,114 por galão.
Automóveis
Mesmo assim, a venda de automóveis diminui e os grandes fabricantes têm que buscar alternativas para encorajar a compra.
A Ford declarou que oferecerá novos incentivos para a venda de alguns de seus modelos dos anos 2008 e 2009, incluindo preços com desconto, financiamento sem juros e bônus econômicos.
No entanto, a chegada da temporada de frio (que implica tradicionalmente em um maior consumo de combustível) ajuda a conter a queda do preço.