Economia

BB deve comprar Nossa Caixa hoje

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postado em 19/11/2008 08:14
O presidente Lula e o governador de São Paulo, José Serra, devem bater nesta quarta-feira (19/11) o martelo para a compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil. A expectativa é de que Serra desembarque em Brasília no início da tarde e se encontre com Lula e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e, juntos, anunciem o negócio que deve movimentar pelo menos R$ 7 bilhões. Desse montante, aproximadamente R$ 5 bilhões irão para o caixa do governo paulista e R$ 2 bilhões serão pagos aos acionistas minoritários da Nossa Caixa. Com essa compra, o BB passará a totalizar R$ 512,3 bilhões em ativos, ficando mais próximo do novo líder do sistema bancário brasileiro, o Itaú-Unibanco, com ativos de R$ 575,1 bilhões. O encontro entre Lula e Serra foi marcado na última segunda-feira, quando os dois se reuniram em São Paulo. Do lado do presidente, há o desejo de que o BB volte o mais rapidamente possível a ser o maior banco do país, um posto considerado estratégico, já que a instituição funciona como uma ;espécie de regulador do mercado;, seja para derrubar a taxa de juros, seja para ampliar a oferta de crédito em tempos de crise, como agora. ;O BB era o principal banco do Brasil e, com a fusão do Itaú e do Unibanco, passou a ser o segundo. Nós queremos que o BB seja muito maior do que qualquer outro banco no Brasil;, disse ontem Lula, depois do almoço em homenagem ao presidente da Indonésia, Susilo Banbang Yudoyono. Do lado de Serra, os esperados R$ 5 bilhões serão muito bem-vindos para que o estado possa tocar obras nos próximos dois anos, de olho nas eleições de 2010. Ele quer fechar logo o negócio porque precisa submetê-lo à aprovação da Assembléia Legislativa. E como o recesso de fim de ano está próximo, a idéia é tocar o processo em regime de urgência. Com a compra da instituição paulista, que já seguirá as regras da Medida Provisória 443, o Banco do Brasil passará a deter R$ 225 bilhões em depósitos, R$ 213,7 bilhões em crédito, R$ 31 bilhões em patrimônio líquido e quase 5 mil agências no país, além de assumir a liderança do mercado bancário em São Paulo.

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