postado em 19/11/2008 09:07
Usando como justificativa a crise global, os setores de autopeças e montadoras do Paraná devem começar a demitir a partir de janeiro, após o período de férias coletivas. Cerca de 5 mil postos de trabalho deverão ser atingidos, caso os efeitos da crise não sejam revertidos. A informação é do presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Paraná, Roberto Karam.
De acordo com o presidente do sindicato, as empresas do setor automotivo não estão recebendo pedidos novos. Ele disse que a estimativa é que o nível de produção no segundo semestre de 2008 seja 25% menor do que o registrado no primeiro semestre deste ano. O Paraná reúne o segundo maior pólo automotivo do país, atrás de São Paulo.
Os problemas estão ocorrendo por causa da falta de crédito, que atinge o consumo. "Os bancos não estão emprestando dinheiro porque não sabem se vão receber. É preciso que eles voltem a financiar crédito com juros menores e prazos maiores. Se voltarem essas facilidades, podemos tentar reverter a situação", disse Karam.
A assessoria do Sinfavea, que representa as montadoras, disse que não faria comentários sobre o prognóstico do Sindimetal do Paraná. "A avaliação é dele [Karam]. No nosso setor, há férias coletivas, e não demissões", disse.