Economia

Endividamento da Alemanha será quase o dobro do previsto em 2009

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postado em 19/11/2008 09:18
O endividamento da Alemanha será, em 2009, quase o dobro do previsto pelo governo, em conseqüência da crise financeira internacional, informa nesta quarta-feira (19/11) o diário "Süddeutsche Zeitung". Segundo a reportagem, o endividamento deve subir para 17,9 bilhões de euros (US$ 22,5 bilhões), frente aos 10,5 bilhões de euros (US$ 13,2 bilhões) previstos na minuta orçamentária elaborada no meio do ano. A comissão orçamentária diz que terá nesta quinta-feira (20/11) uma versão revisada da minuta para o orçamento geral do governo em 2009. O ministro das Finanças, Peer Steinbrück, tinha estipulado como objetivo eliminar o déficit governamental até 2011, mas após a explosão da crise internacional, reconheceu que a meta não poderá ser alcançada antes do final da próxima legislatura - ou seja, até 2013. Os novos dados divulgados pelo "Süddeutsche Zeitung" põem inclusive em dúvida o novo objetivo, pois, segundo o diário, os planos orçamentários a médio prazo indicam que em 2012 ainda haverá um novo endividamento de 10 bilhões de euros (US$ 12,6 bilhões). O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha caiu no terceiro trimestre de 2008, a segunda queda consecutiva do indicador, colocando a maior economia da Europa em recessão. O PIB caiu 0,5% em relação ao segundo trimestre do ano, segundo dados do Departamento Federal de Estatística. No segundo trimestre do ano, a economia alemã teve um retrocesso de 0,4%, enquanto no primeiro, o PIB subiu 1,4%. As quedas são as primeiras desde 2004. A baixa do PIB alemão teve sua origem na queda das exportações e na redução da demanda interna. O departamento de estatística, com sede em Wiesbaden, informou que a baixa do PIB se deve fundamentalmente ao retrocesso da atividade econômica nos meses de julho a setembro. As exportações, o principal motor da economia alemã, sofreram uma queda nos meses do verão europeu e, como as importações registraram de forma simultânea uma alta significativa, as vendas no exterior não contribuíram suficientemente para o crescimento.

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