postado em 19/11/2008 11:49
As Bolsas européias operam em baixa nesta quarta-feira (19/11). Os investidores se afastam do mercado, diante da crise financeira que já jogou algumas das principais economias européias, e a do Japão, em recessão. O setor financeiro, a queda de preços das commodities e a situação crítica das fabricantes de automóveis nos EUA puxam os mercados financeiros europeus para baixo hoje. Na Ásia, o humor dos investidores também anda em baixa; com o Japão em recessão e a perspectiva de uma recessão global, as Bolsas da região tiveram outro dia fraco.
Às 11h16 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em baixa de 2,62% no índice FTSE 100, indo para 4.098,18 pontos; a Bolsa de Paris caía 2,01% no índice CAC 40, indo para 3.152,81 pontos; a Bolsa de Frankfurt recuava 3,57% no índice DAX, operando com 4.416,01 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha baixa de 2,03% no índice AEX General, que estava com 245,54 pontos; a Bolsa de Zurique estava em baixa de 1,85%, com 5.570,50 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha baixa de 1,39% no índice MIBTel, que ia para 15.509 unidades.
Na Ásia e região, a Bolsa de Tóquio (Japão) fechou com queda de 0,66%. A Bolsa de Seul (Coréia do Sul) teve queda de 1,87%; e a de Hong Kong recuou 0,77%. Na Austrália, a Bolsa de Sydney caiu 0,85%. A exceção foi a Bolsa de Xangai (China), que subiu 6,05%, puxada pelas altas dos papéis das fabricantes locais de automóveis. Para analistas, especuladores vêem o crescimento das empresas chinesas no mercado mundial com a crise nas companhias americanas. No setor financeiro, caíam as ações do BNP Paribas, do Barclays, do Commerzbank e do Deutsche Bank, com o efeito ainda do anúncio de um corte de mais de 50 mil empregos no Citigroup. As ações do HBOS e do Lloyds TSB também caíam.
Ontem, os presidentes executivos da General Motors, Ford e Chrysler pediram ao Congresso dos EUA a duplicação da ajuda concedida ao setor automobilístico, depois da liberação de uma verba de US$ 25 bilhões em setembro, a fim de manter a viabilidade do setor automobilístico no país, onde a turbulência financeira derrubou a venda de carros e ameaça as sobrevivência das companhias.
Uma eventual quebra da Ford provocaria a supressão de pelo menos 75 mil empregos diretos e indiretos em 25 Estados do país, segundo estudo da empresa apresentado ontem pelo "The Wall Street Journal".
O barril do petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve a tendência de baixa ontem, quando foi vendido a US$ 46,55 - US$ 1,41 a menos que na sessão anterior -, informou hoje o secretariado da organização em Viena. Com isso, o valor do barril (de 159 litros) que a Opep usa como referência acumula uma baixa de 67% desde o dia 2 de julho, quando bateu seu recorde histórico ao ser cotado a US$ 140,73.
As ações de mineradoras como Anglo American, Rio Tinto e Xstrata caíam com o temor de que, com a desaceleração econômica mundial, a demanda por commodities metálicas caia.