Economia

Bovespa retrocede 1,83%; dólar avança 2,62%, a R$ 2,388

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postado em 19/11/2008 15:57
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) aprofunda as perdas na sessão desta quarta-feira, sem escapar da derrocada generalizada nas maiores Bolsas mundiais. A deflação nos EUA e a crise das montadoras formam o coquetel de notícias que desanima os investidores a voltarem às compras, mesmo com a depreciação das ações. O câmbio opera próximo à casa dos R$ 2,40. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, retrocede 1,83% e alcança os 33.471 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,72 bilhão. Nos EUA, a Bolsa de Nova York perde 2,11%. O dólar comercial é comercializado a R$ 2,388 para venda, o que representa um acréscimo de 2,62% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 486 pontos, número 4,3% acima da pontuação anterior. Os bancos tomaram US$ 224 milhões em contratos de "swap" cambial no leilão realizado nesta quarta-feira pelo Banco Central. A autoridade monetária ofereceu 10 mil contratos, a vencer em fevereiro de 2009, mas os agentes financeiros demandaram somente 4.530 contratos. Notícias do dia Uma das principais notícias do dia, o indicador CPI, o índice de preços ao consumidor dos EUA, apontou deflação de 1% em outubro. Segundo o Departamento de Trabalho americano, trata-se da maior queda para este indicador desde fevereiro de 1947. Em setembro, o mesmo índice havia ficado estável. Ontem, o índice de preços PPI (preços no atacado) reforçou as expectativas de que os EUA caiam em recessão ao registrar uma variação negativa de 2,8% em outubro, a pior deflação num mês desde 1947. O mercado também deve ficar atento à divulgação da minuta do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês, equivalente ao Copom no Brasil), previsto para as 17h (hora de Brasília). O documento deve trazer as análises dos integrantes do Fed (banco central americano) sobre a economia dos EUA. Entre outras notícias, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a taxa de desemprego recuou de 7,6% em setembro para 7,5% em outubro. É o melhor resultado para um mês de outubro, e o segundo melhor da série - iniciada em março de 2002 -, atrás apenas de dezembro de 2007 (7,4%).

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