postado em 20/11/2008 08:24
Após receber uma denúncia do sindicato dos trabalhadores, o Ministério Público do Trabalho realizou ontem uma audiência pública entre representantes da empresa de prestação de serviços Conservo e da administração federal para assegurar o pagamento de salário, tiquete-refeição e vale-transporte para mais de 4 mil trabalhadores terceirizados. Parte desses funcionários, que não receberam o salário de outubro, ameaça não ir ao trabalho. Além disso, eles poderão entrar com ações na Justiça para cobrar o pagamento da dívida da União.
E esse imbróglio está longe de ser resolvido. A proprietária da Conservo, Débora Cúgola, afirmou que a empresa não tem dinheiro para pagar salários e rescisões de contrato, além das contribuições do FGTS e INSS. O pagamento depende do repasse dos ministérios, que temem que a companhia desapareça com o recurso do trabalhador. A situação da empresa se deteriora a cada dia, desde que a Controladoria-Geral da União (CGU) considerou o grupo Conservo inidôneo para ser contratado por órgãos federais devido a irregularidades como pagamento de propina, vazamento de informações reservadas e conluio entre as empresas. O contrato ; com pelo menos 14 ministérios, tribunais e empresas estatais ; será rescindido e 4 mil trabalhadores correm risco de não receber nada.
;Meu entendimento é que será difícil receber esse dinheiro, até porque praticamente todos os bens da Conservo já estão penhorados;, afirmou Maria Isabel Caetano dos Reis, presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário e Serviços Terceirizáveis do Distrito Federal (Sindiserviços).