Economia

Senado dos EUA busca opção de socorro a montadoras

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postado em 20/11/2008 08:59
O Senado dos Estados Unidos votará nesta semana uma ampliação do seguro-desemprego, mas o líder da maioria, senador democrata Harry Reid, desistiu de submeter à votação um pacote de socorro à indústria automotiva. O projeto tinha o apoio dos democratas e previa a ampliação dos empréstimos de curto prazo às montadoras com a utilização de parte dos US$ 700 bilhões que o Departamento do Tesouro americano está destinando ao socorro das instituições financeiras. Os republicanos foram contra o projeto que combinaria os gastos destinados a estimular a economia com um pacote de socorro às montadoras. Eles também se opuseram à proposta de incluir empréstimos às montadoras no Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (TARP, na sigla em inglês). O senador Reid retirou da pauta ambas as medidas. Vários senadores agora trabalham sobre um projeto de consenso que pode representar a última chance para as montadores conseguirem ajuda do governo neste ano. O senador republicano Christopher Bond tentou obter um acordo para a votação da proposta, que prevê a concessão de empréstimos às montadoras por meio de um programa do Departamento de Energia para estimular a produção de veículos altamente eficientes no uso de combustível - uma abordagem apoiada pela Casa Branca. Mas Reid se opôs à votação da medida, dizendo que o projeto ainda não estava pronto. O senador Bond argumentou que o projeto poderia encher os cofres do Departamento de Energia à medida que os empréstimos fossem pagos pelas montadoras, mas os deputados democratas, incluindo a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, manifestaram-se contra qualquer utilização do programa do Departamento de Energia para empréstimos às montadoras. Com a Câmara entrando em recesso nesta quinta-feira, há pouco tempo para negociar. Em vez da ajuda às montadoras, os senadores votarão nesta quinta-feira um projeto aprovado pela Câmara dos Representantes para ampliar o seguro-desemprego em sete semanas para os desempregados cujos benefícios já expiraram e em 13 semanas para os que moram em Estados com taxa de desemprego maior do que 6%.

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