postado em 21/11/2008 08:33
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) ameaçou nesta quinta-feira (20/11) cortar o ponto dos funcionários terceirizados da empresa Conservo que faltarem ao serviço devido ao atraso ou não pagamento do tíquete-refeição e vale-transporte. Em clima bastante tenso, representantes do ministério se reuniram ontem com os trabalhadores para dar esclarecimentos sobre contrato firmado. Segundo os funcionários, a ausência dos trabalhadores poderá acarretar atrasos na divulgação dos números da balança comercial.
Seguindo determinação da Controladoria-Geral da União, todos os órgãos da administração pública federal terão que rescindir os contratos com a Conservo. A companhia foi acusada de irregularidades e considerada inidônea para oferecer serviços para o governo. Por enquanto, os trabalhadores estão apenas com tíquete-alimentação atrasado, mas muitos deles ameaçam cruzar os braços se houver atraso na entrega do vale-transporte. O temor do governo e dos trabalhadores está relacionado ao repasse dos próximos salários e pagamento da rescisão. A Conservo já admitiu que não tem recursos para fazer esse acerto de contas.
Por meio de nota, o Mdic esclareceu que possui quatro contratos com a Conservo, que mantém 430 funcionários no órgão. Até o momento, os salários estão em dia. O ministério confirmou que os trabalhadores estão sem receber os tíquetes-refeição de novembro, que deveriam ter sido repassados no dia 15. Hoje está marcada uma nova reunião, mas desta vez com os funcionários de nível superior.