postado em 21/11/2008 09:26
Os mercados acionários internacionais estão em recuperação nesta sexta-feira (21/11) depois das fortes perdas de ontem, embalados pela notícia, com base em informação de fontes, de que o Citigroup poderá vender unidades ou todo o grupo. A especulação sobre o futuro do banco americano já ajudou a Bolsa de Tóquio a fechar em alta de quase 3% e, na Europa, impulsiona as ações do setor bancário, levando as bolsas para cima, conforme investidores aproveitam a oportunidade para fechar posições vendidas. Os futuros de Nova York também sobem com força, um dia após o S 500 ter fechado no menor nível desde abril de 1997.
Executivos do Citigroup começam a avaliar a possibilidade de vender pedaços do gigante financeiro ou mesmo toda a instituição, segundo relato de pessoas próximas ao assunto para o jornal The Wall Street Journal, e o conselho de diretores tem uma reunião formal agendada para hoje para discutir as opções.
Às 8h27 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 1,31%, a Bolsa de Paris ganhava 1,19% e Frankfurt tinha alta de 1,22%. A Bolsa de Madri avançava 2,99%.
Mas analistas questionam a sustentação do movimento de hoje, uma vez que o temor de uma desaceleração global profunda persiste. Para reforçar esse temor, dados mostraram hoje que o índice de gerentes de compra (PMI) composto para a zona do euro, que mede a atividade total do setor privado, caiu para 39,7 em novembro, de 43,6 no mês anterior, atingindo nível recorde de baixa. Um dado abaixo de 50 indica contração da atividade.
Entre os setores, os papéis de banco eram destaque de alta, com Deutsche Bank subindo 3,44% e Barclays ganhando 3,37%. Os papéis do banco britânico também eram sustentados pelo comentário de um dos principais acionistas, a Legal & General, de que irá apoiar o plano de levantamento de fundos de 7 bilhões de libras (US$ 10,4 bilhões) por causa das "circunstâncias excepcionais" que um fracasso em levantar o dinheiro poderia trazer. Mas o acionista disse que, no futuro, irá "votar contra levantamentos de capital que desconsiderem direito de preferência". As informações são da Dow Jones e de agências internacionais.