postado em 21/11/2008 15:24
Os mercados financeiros seguem o "script" previsto e amargam forte retração, em meio a uma série de notícias desfavoráveis, tanto pelo lado financeiro quanto no âmbito da "economia real". Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a descoberta de reservas no pré-sal do Espírito Santo não foi suficiente para animar os investidores, e as ações da Petrobras, de maior peso, desabam neste pregão. O câmbio bate R$ 2,45. O Banco Central já entrou no mercado e realizou um leilão de "swap" cambial.
O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, retrocede 5,56% e marca os 31.547 pontos. O giro financeiro é da R$ 1,86 bilhão. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,20%.
A ação preferencial da Petrobras, com volume de R$ 416 milhões, desaba 8,6%, enquanto a ordinária cede 11,21%. O dólar comercial é vendido por R$ 2,458, o que significa um avanço de 2,84% sobre a cotação anterior. A taxa de risco-país marca 540 pontos, número 3,40% abaixo da pontuação anterior.
Entre as primeiras notícias do dia, a Petrobras anunciou hoje que a perfuração de dois novos poços na camada do pré-sal no litoral do Espírito Santo comprovou uma "expressiva descoberta" de petróleo do tipo leve (de melhor qualidade) na área chamada de Parque das Baleias, na parte norte da Bacia de Campos. A petrolífera estima as reservas descobertas entre 1,5 e 2 bilhões de barris de óleo equivalente.
O mercado também repercute a notícia sobre a aquisição do banco estadual Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, pela quantia de R$ 5,38 bilhões. A ação ordinária da Nossa Caixa dispara 21,83%, enquanto o papel do banco federal segue o tom geral dos negócios e cai 7,95%. As ações dos rivais privados Bradesco e Itaú também cedem: 8,52% e 5,14% respectivamente.