postado em 24/11/2008 15:21
A alta do dólar e os juros provocaram um aumento da dívida pública no mês de outubro. A dívida pública federal cresceu 0,77% no mês passado e chegou a R$ 1,345 trilhão, segundo dados do Tesouro Nacional divulgados nesta segunda-feira. Foi o terceiro mês consecutivo de alta.
O Plano Anual de Financiamento (PAF) do governo prevê que a dívida pública federal irá fechar este ano entre R$ 1,36 trilhão e R$ 1,42 trilhão. Em dezembro de 2007, estava em R$ 1,333 trilhão.
Segundo o Tesouro, houve um resgate líquido (diferença entre títulos emitidos e resgatados) de R$ 14 bilhões no mês, o que ajudou a reduzir a dívida. Os juros, no entanto, tiveram um impacto maior, de R$ 24,2 bilhões.
A dívida pública interna, que representa 91,2% da dívida total, subiu 0,13%, para R$ 1,226 trilhão. Já a dívida federal externa cresceu 7,9%, para R$ 119,1 bilhões (US$ 56,3 bilhões), por causa da desvalorização do real em relação às outras moedas.
Com a alta do dólar nos últimos dois meses, a participação da dívida externa no total subiu de 8,16% em agosto para 8,85% em outubro.
Selic
O volume de títulos em poder público com vencimento em até 12 meses caiu de 24,68% para 24,65%. O prazo médio da dívida passou de 42,72 meses para 42,75 meses (a meta para o ano é ficar entre 42 meses e 46 meses).
A parcela de títulos prefixados na dívida interna caiu de 32,42% em setembro para 31,50% em outubro, devido ao resgate líquido de R$ 14,6 bilhões desses papéis, entre outros fatores.
A participação dos indexados à taxa Selic passou de 35,74% para 36,26%. A parcela dos títulos remunerados por índices de preços, por sua vez, subiu de 29,45% para 29,75%.
O custo médio em 12 meses da dívida total passou de 13,44% ao ano em setembro para 14,82% a.a. em outubro. Na dívida interna, o custo subiu menos, de 13,22% para 13,52% ao ano. Já na dívida externa, a valorização de 10,5% do dólar no mês passado elevou o custo de 16,72% ao ano para 32,38% ao ano.