Economia

Reino Unido anuncia pacote de US$ 30 bilhões contra crise

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postado em 24/11/2008 15:23
O ministro de Finanças do Reino Unido, Alistair Darling, anunciou nesta segunda-feira (24/11) um pacote de medidas avaliado em 20 bilhões de libras (cerca de US$ 30,3 bilhões) para estimular a economia nacional, que entrará em recessão no final deste ano. Darling explicou o plano ao Parlamento durante a apresentação do orçamento preliminar do Estado para o período de 2009 a 2010, muito esperado nesta ocasião por causa da atual crise econômica. Segundo ele, trata-se de um "exaustivo plano" para enfrentar os efeitos de "uma crise global sem precedentes". Entre as medidas destaca-se um corte no TVA (Taxa sobre o Valor Agregado, o imposto sobre o consumo), que passará de 17,5% para 15%, o limite mínimo fixado pela União Européia. A medida, que já havia vazado para a imprensa local desde ontem, entrará em vigor no dia 1° de dezembro, com duração prevista até o final de 2009, e representará uma perda para o fisco de 12,5 bilhões de libras. O governo prevê compensar uma parte dessa perda com um aumento de 40% para 45% dos impostos relacionados aos que ganham mais de 150 mil libras anuais (US$ 226 mil), o que, segundo especialistas, afetará 400 mil pessoas, entre elas milhares de empregados da City londrina - o centro financeiro do país. O aumento dos impostos significa, segundo os observadores políticos, quebrar a promessa feita pelo Novo Trabalhismo de Tony Blair, ao vencer as eleições de 1997, de que não elevaria a carga tributária dos que ganham mais. Quanto à situação da economia, o ministro rebaixou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2009, que diminuirá entre 0,75% e 1,25%, frente ao aumento de 2,75% inicialmente calculado. Segundo ele, "estes são tempos excepcionais, problemáticos na economia global com um impacto em empresas e nas famílias do mundo inteiro." "Nestas circunstâncias econômicas excepcionais, quero seguir passos justos e responsáveis para proteger as empresas e as pessoas, ao mesmo tempo em que endireitamos as finanças públicas", declarou Darling, ao lado do primeiro-ministro britânico Gordon Brown.

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