Governo prepara campanha de incentivo ao consumo e ao crédito

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postado em 24/11/2008 18:47

O governo federal prepara uma campanha de incentivo ao consumo e ao crédito a partir de dezembro. O slogan da campanha será O mundo aprendeu a confiar no Brasil e o Brasil confia nos brasileiros. O ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, afirmou que a idéia é mostrar que a crise financeira internacional não pode inibir os consumidores de irem às compras. Franklin disse que o objetivo é também transmitir à sociedade que o governo brasileiro conseguiu se preparar economicamente para os efeitos da crise. Segundo ele, com a campanha de incentivos será possível movimentar o mercado interno, estimulando a produção e o comércio como um todo. A campanha ficará no ar cerca de duas semanas. A campanha de incentivo ao consumo será veiculada em rádios, televisões, jornais e internet. O formato ainda está sendo elaborado pela Secretaria Especial de Comunicação Social, comandada por Franklin. Segundo o ministro, o assunto foi tratado de forma rápida nesta segunda-feira porque já está em fase adiantada de elaboração. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu hoje 35 ministros na residência da Granja do Torto, em Brasília, para discutir a crise financeira e seus reflexos no Brasil. O ministro da Indústria e Comércio, Miguel Jorge, faltou por estar fora de Brasília. Já o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, saiu antes do término da reunião. Medidas Durante a reunião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez a exposição inicial sobre as medidas que o governo federal está tomando para atenuar os impactos da crise financeira internacional. Entre as alternativas estão a abertura de crédito e a redução de impostos para o setor automotivo e a prorrogação do pagamento de impostos federais como IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), Imposto de Renda e PIS/Confins. Segundo Mantega, o governo federal discute com Estados e municípios a prorrogação do pagamento do Simples - tributo pago por cerca de 3 milhões de micro e pequenas empresas em todo o país. De acordo com o ministro, o vencimento do imposto deverá ser adiado em 60 dias. Mantega disse ainda que grandes economias, como a dos Estados Unidos, do Japão e de países da União Européia já estão em desaceleração. Para ele, a economia brasileira crescerá menos em 2009, caindo do atual patamar de 6% para 4%. O ministro da Fazenda destacou que falta pouco para o país atingir o superávit nominal nas contas do governo e negou que anunciará um pacote contra a crise. Outros Durante a reunião, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, tratou também sobre as medidas tomadas pela entidade e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) falou sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Já o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, fez um relato minucioso hoje sobre as ações de combate à dengue no país. Lula aproveitou para informar que pretende reunir os prefeitos eleitos e reeleitos para definam juntos ações comuns para combater a doença. Confira a apresentação da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff sobre manutenção de investimentos no PAC e no pré-sal durante a reunião ministerial na Granja do Torto Confira a apresentação do ministro da Fazenda Guido Mantega sobre impactos da crise econômica global no Brasil durante a reunião ministerial na Granja do Torto