Economia

Bolsas européias operam sem direção com perdas em mineradoras e seguradoras

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postado em 25/11/2008 09:26
As Bolsas européias operam sem direção definida nesta terça-feira (25/11). Pela manhã, as ações dos setores de mineração e seguros puxaram os índices para baixo, depois que a BHP Billiton cancelou a oferta de compra, de US$ 66 bilhões, pela rival Rio Tinto, e que a seguradora francesa Axa reduziu sua previsão de lucros. Os indicadores, no entanto, passaram a recuperar algum terreno, com os investidores procurando papéis a bons preços. Às 8h54 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em alta de 0,53% no índice FTSE 100, indo para 4.175,15 pontos; a Bolsa de Paris subia 0,36% no índice CAC 40, indo para 3.183,61 pontos; a Bolsa de Frankfurt caía 0,73% no índice DAX, operando com 4.521,18 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha variação positiva de 0,05% no índice AEX General, que estava com 245,98 pontos; a Bolsa de Zurique estava em alta de 0,51%, com 5.496,61 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha baixa de 0,15% no índice MIBTel, que ia para 15.456 pontos. As ações da Rio Tinto chegaram a cair 36% depois que a BHP anunciou que retirou a oferta, alegando incertezas no mercado financeiro decorrentes da crise. Já os papéis da Axa caíram 15% depois que a empresa informou que sua meta de lucros para 2012 se tornou "obsoleta". As ações da Xstrata caíam 6,7% e as da Antofagasta caíam 8,3%. Entre as seguradoras, as ações da Allianz perdiam 4% e as da Swiss Reinsurance caíam 2,3% depois que o JPMorgan Chase rebaixou a recomendação dos papéis da empresa de "overweight" (acima da média do mercado) para "underweight" (abaixo da média), citando risco de rebaixamento do "rating" (nota de risco) pelas agências de classificação. Ontem, algumas Bolsas européias - como Paris, Frankfurt e Amsterdã - subiram mais de 10% com o anúncio de que o governo americano vai injetar US$ 20 bilhões para ajudar o Citigroup, umas das instituições financeiras mais abaladas com a crise financeira. Além disso, o governo vai garantir mais de US$ 300 bilhões em papéis de risco ainda na carteira do banco. Hoje também o Departamento do Comércio dos EUA deve divulgar a revisão do crescimento da economia dos EUA no terceiro trimestre. No fim de outubro, o departamento informou que o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA teve uma contração de 0,3%, colocando o país na ante-sala da recessão - definida como dois trimestres consecutivos de desempenho negativo da economia. Para hoje, a expectativa dos analistas é de uma revisão para baixo, mostrando uma contração maior, de 0,5%. para o quarto trimestre, persistem as previsões de nova contração.

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