Economia

Bovespa recua 1,66%; dólar sobe 1,89%, a R$ 2,369

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postado em 25/11/2008 11:18
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) retrai desde os primeiros negócios desta terça-feira (25/11). O mercado pode ter um dia bastante nervoso na jornada de hoje: os investidores oscilam entre o otimismo pelas iniciativas do próximo presidente dos EUA, Barack Obama, para enfrentar a crise financeira, e a preocupação predominante com os rumos da economia global. Hoje, a divulgação de uma nova estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) americano pode provocar oscilações bruscas nos preços das ações e no câmbio. O presidente Obama deve anunciar às 15h (hora de Brasília) detalhes de seu programa para estimular a economia americana, a ser implantado a partir de 2009. Analistas estimam que o "pacote" do novo presidente pode chegar a US$ 700 bilhões. Para debelar a crise atual, os EUA já dispendaram o equivalente a um terço do PIB. Ontem, o mercado se animou com os US$ 30 bilhões em medidas fiscais anunciados pelo Reino Unido. O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, recua 1,66% e marca 33.899 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em forte alta de 9,40%. O dólar comercial é negociado a R$ 2,369 para venda, o que representa um incremento de 1,89% sobre a cotação de ontem. Ainda refletindo o entusiasmo de ontem, as Bolsas asiáticas fecharam com fortes altas, a exemplo de Tóquio (5,22%) e Hong Kong (3,38%). Na Europa, a Bolsa de Londres avança 0,70%, enquanto o mercado de Frankfurt cede0,44%. O mercado deve ficar atento à divulgação de nova estimativa do PIB dos EUA relativo ao terceiro trimestre, previsto para as 11h30 (hora de Brasília). Economistas do setor financeiro projetam uma contração entre 0,5% e 0,6%. Também merece a atenção do mercado o Índice de Confiança do Consumidor nos EUA, preparado do instituto Conference Board. Esse indicador é visto como uma sinalização das tendências de consumo, justamente uma das principais alavancas da economia dos EUA. Na semana passada, a deflação registrada pelo CPI (preços no varejo) já acendeu o alerta "amarelo" dos analistas, ao apontar para uma retração além do esperado da demanda.

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