Economia

Fed e Tesouro criam programas para garantir crédito ao consumidor

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postado em 25/11/2008 12:41
O Federal Reserve (Fed, o BC americano) e o Departamento do Tesouro dos EUA anunciaram nesta terça-feira (25/11) novas medidas para tentar restaurar a circulação de crédito no país, tanto para o consumidor como para financiamentos imobiliários, hipotecas e pequenas empresas. O Fed de Nova York (uma das 12 divisões do BC americano) irá emprestar até US$ 200 bilhões para instituições financeiras com papéis baseados em títulos de dívidas de consumo (como dívidas de cartões de crédito, por exemplo). O BC dos EUA ainda anunciou que irá comprar até US$ 500 bilhões em títulos lastreados em hipotecas que haviam sido garantidas pela Fannie Mae, Freddie Mac e Ginnie Mae - as três empresas hipotecárias que contam com apoio do governo -, além de outros US$ 100 bilhões em papéis de dívida emitidos diretamente por essas empresas. As medidas do Fed irão "ajudar os participantes do mercado a atenderem as necessidades de domicílios e pequenas empresas ao garantir a emissão de títulos lastreados em créditos estudantis, financiamentos de veículos, dívidas de cartões de crédito e empréstimos garantidos pela SBA [Administração de Pequenas Empresas, na sigla em inglês]", segundo comunicado da instituição. O Tesouro, por sua vez, informou que irá colocar US$ 20 bilhões à disposição para apoiar a iniciativa Fed de Nova York. O mercado de títulos garantidos por ativos proporciona uma maior oferta de dinheiro a instituições financeiras que fornecem empréstimos a pequenas empresas e a consumidores. Segundo o Tesouro, a emissão desse tipo de título, lastreado em dívidas de consumo e em empréstimos a pequenas empresas, em 2007, chegou a cerca de US$ 240 bilhões. No terceiro trimestre deste ano, no entanto, houve uma queda acentuada dessas emissões e, em outubro, praticamente estagnou. "Uma paralisação continuada no mercado desses títulos poderia deteriorar ainda mais a oferta de crédito aos consumidores e aumentar as perspectivas de deterioração da economia como um todo", diz um comunicado do Tesouro.

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