Economia

Bolsa de Valores de NY sobe com ajuda de US$ 800 bi do Fed ao crédito

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postado em 25/11/2008 13:48
A Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) opera em alta nesta terça-feira (25/11), depois de o Federal Reserve (Fed, o BC americano) ter anunciado um programa de US$ 800 bilhões para ajudar empresas ligadas principalmente ao segmento de crédito ao consumidor. O anúncio superou a revisão para baixo do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no terceiro trimestre. A Bolsa Nasdaq, no entanto, opera em baixa. Às 13h30 (em Brasília), a Nyse estava em alta, com ganho de 1,35% no índice Dow Jones Industrial Average, que operava com 8.557,44 pontos, enquanto o S 500 subia 1,39%, indo para 863,61 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em baixa de 0,52%, indo para 1.464,37 pontos. O Fed de Nova York (uma das 12 divisões do BC americano) irá emprestar até US$ 200 bilhões para instituições financeiras com papéis baseados em títulos de dívidas de consumo (como dívidas de cartões de crédito, por exemplo). O BC dos EUA ainda anunciou que irá comprar até US$ 500 bilhões em títulos lastreados em hipotecas que haviam sido garantidas pela Fannie Mae, Freddie Mac e Ginnie Mae - as três empresas hipotecárias que contam com apoio do governo- -, além de outros US$ 100 bilhões em papéis de dívida emitidos diretamente por essas empresas. O Tesouro, por sua vez, informou que irá colocar US$ 20 bilhões à disposição para apoiar a iniciativa Fed de Nova York. Segundo o Fed, os recursos do Tesouro fazem parte do chamado TARP (Programa para Alívio de Ativos Problemáticos, na sigla em inglês), o pacote de US$ 700 bilhões aprovado pelo governo no início de outubro para resgatar o setor financeiro. O governo tenta, através dessas novas iniciativas, restaurar o ritmo normal de funcionamento dos mercados de crédito, de forma a estimular o consumo e os investimentos em produção. Dessa forma, a economia receberia nova força - mais do que necessária para reverter o que parece já ser um quadro de recessão no país. O Departamento do Comércio informou hoje que a economia americana teve uma contração de 0,5% no trimestre passado, segundo dados revisados. O resultado é pior que o apresentado no fim de outubro, uma contração de 0,3%. A elevação na confiança do consumidor neste mês foi vista também como um sinal positivo - ainda que, mesmo com o crescimento em relação ao mês passado, esteja em um patamar baixo. Segundo o instituto de pesquisa Conference Board, o índice ficou em 44,9 pontos, contra 38,8 pontos em outubro.

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