postado em 25/11/2008 14:59
A Casa Branca qualificou de "preocupantes" os novos números sobre a economia americana, divulgados nesta terça-feira (25/11), que mostram retração de 0,5% no terceiro trimestre. "Os números são preocupantes. É por isso que temos de tomar as audaciosas medidas que estamos tomando", disse a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino.
O departamento americano do Comércio reduziu nesta terça-feira suas projeções iniciais de crescimento, anunciando um recuo de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre em relação ao anterior. O cálculo inicial do governo indicava decréscimo de 0,3%, e a maioria dos analistas esperava contração de 0,6%.
O componente principal da contração e do ajuste de números do governo no terceiro trimestre foi a abrupta queda na despesa dos consumidores, que nos Estados Unidos equivale a mais de dois terços da atividade econômica.
Entre julho e setembro, a despesa dos consumidores caiu 3,7%, seis décimos a mais do que o calculado inicialmente. Esta foi a primeira queda da despesa dos consumidores em 17 anos e a maior em 28 anos, segundo os números do Departamento de Comércio. Em mais uma tentativa de reativar a economia do país, o Fed (Federal Reserve, o BC americano) e o Departamento do Tesouro dos EUA anunciaram um novo pacote de resgate. O Fed de Nova York (uma das 12 divisões do BC americano) irá emprestar até US$ 200 bilhões para instituições financeiras com papéis baseados em títulos de dívidas de consumo (como dívidas de cartões de crédito, por exemplo).
O BC dos EUA ainda anunciou que irá comprar até US$ 500 bilhões em títulos lastreados em hipotecas que haviam sido garantidas pela Fannie Mae, Freddie Mac e Ginnie Mae - as três empresas hipotecárias que contam com apoio do governo -, além de outros US$ 100 bilhões em papéis de dívida emitidos diretamente por essas empresas.
O Tesouro, por sua vez, informou que irá colocar US$ 20 bilhões à disposição para apoiar a iniciativa Fed de Nova York. Segundo o Fed, os recursos do Tesouro fazem parte do chamado TARP (Programa para Alívio de Ativos Problemáticos, na sigla em inglês), o pacote de US$ 700 bilhões aprovado pelo governo no início de outubro para resgatar o setor financeiro.