Economia

Bovespa valoriza 1,10%; dólar recua 0,86%, a R$ 2,305

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postado em 25/11/2008 15:29
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) segue recompondo as fortes perdas da semana passada com investidores aproveitando a trégua na crise para voltar às compras e aproveitar os preços bastante depreciados das ações. As Bolsas internacionais recuperam, sustentadas pelo pacote bilionário nos EUA para resgatar crédito. E a contração do PIB americano, um dado que poderia assustar bastante o mercado, veio dentro do esperado. O câmbio cede para R$ 2,30. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, valoriza 1,10% e atinge os 34.546 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,20 bilhões. O dólar comercial é cotado a R$ 2,305 para venda, em baixa de 0,86%. A taxa de risco-país marca 487 pontos, número 0,20 acima da pontuação anterior. As Bolsas européias e americanas operam em terreno positivo, a exemplo de Paris (1,18%), Frankfurt (0,19%) e Nova York (0,19%), mas com exceção de Londres (leve baixa de 0,06%). Principal notícia do dia, o Federal Reserve (banco central dos EUA) e o Tesouro americano anunciaram um programa, orçado em cerca de US$ 800 bilhões, sendo US$ 200 bilhões para para instituições financeiras com papéis baseados em títulos de dívidas de consumo; US$ 500 bilhões para títulos lastreados em hipotecas e outros US$ 100 em papéis de dívida diversos. O governo americano revelou que o Produto Interno Bruto (PIB,soma das riquezas de um país) sofreu contração de 0,5% no terceiro trimestre deste ano, um declínio ainda pior do que o estimado na primeira estimativa (0,3%), mas em linha com as expectativas do setor financeiro. Ainda nos EUA, o o indicador S/Case-Shiller, um dos de maior peso no mercado imobiliário americano, mostrou que os preços dos imóveis tiveram uma queda recorde de 16,6% no trimestre passado, em comparação com idêntico período em 2007. No front doméstico, o Banco Central informou hoje que o estoque de crédito teve um crescimento de 2,5% até o dia 12 deste mês. E a liberação de novos empréstimos subiu 5,7% na comparação com o mesmo período de outubro. Ainda segundo a autoridade monetária, as taxas de juros para o consumidor chegaram a 59,8% ao ano, em seu maior nível desde dezembro de 2005. A Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou que o nível de confiança do consumidor na economia caiu para o seu menor nível desde 2005. E segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no município de São Paulo variou 0,54% na terceira quadrissemana de novembro - 30 dias até 22/11 -, menor que a registrada no período imediatamente anterior, 0,58%.

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