Economia

Superávit primário do governo central chega a R$ 95,6 bi em dez meses

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postado em 25/11/2008 15:42
A arrecadação recorde de imposto garantiu mais uma vez um superávit primário expressivo para o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência). A economia feita para pagar os juros da dívida foi de R$ 14,655 bilhões em outubro. No ano, chegou a R$ 95,6 bilhões, aumento de 55,8% em relação ao mesmo período de 2007. A meta do governo central para o ano de 2008 é de R$ 63,4 bilhões (2,2% do PIB) mais R$ 14,2 bilhões (0,5% do PIB) para o Fundo Soberano, um total de R$ 77,6 bilhões (2,7% do PIB). O superávit primário é a diferença entre as receitas líquidas do governo e as despesas, sem considerar os gastos com os juros da dívida. As receitas subiram de R$ 50,5 bilhões em setembro para R$ 55,6 bilhões em outubro. No mesmo período, as despesas caíram de R$ 44,3 bilhões para R$ 41 bilhões. No ano, as receitas líquidas subiram 17,64%, para R$ 487,7 bilhões, impulsionadas pela arrecadação de impostos, que cresce em um ritmo maior que o PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país). As despesas do governo subiram 11%, para R$ 392,1 bilhões. Outubro O superávit primário acumulado até outubro pelo governo central equivale a 4,03% do PIB estimado para o período. Em 12 meses, o resultado acumulado é de R$ 92 bilhões, o equivalente a 3,26% do PIB. O resultado de outubro se deve, principalmente, ao Tesouro Nacional, que teve um superávit de R$ 16,5 bilhões. A Previdência, por outro lado, teve um déficit de R$ 1,9 bilhão, enquanto o Banco Central registrou superávit de R$ 37,2 milhões. O crescimento de 17,6% nas receitas do governo central neste ano supera o aumento registrado no ano passado, que foi de 12,4% no mesmo período. As despesas cresceram menos: de 12,5% (2007) para 11% (2008). Os números do Tesouro mostram que as despesas com pessoal também cresceram menos neste ano. O aumento de gastos com pessoal foi de 9% no acumulado do ano, ante 10,9% no mesmo período do ano passado. Investimento Os investimentos do governo neste ano cresceram 41% até outubro, para R$ 20,032 bilhões, uma desaceleração em relação ao percentual acumulado até setembro (46%). Em relação ao Programa Piloto de Investimentos (PPI), os gastos avançaram 74% na comparação anual e chegaram a R$ 5,523 bilhões nos dez primeiros meses de 2008. O PPI permite que os investimentos feitos em obras de infra-estrutura consideradas prioritárias sejam abatidos do superávit primário. O limite para esse é abatimento é de R$ 13,8 bilhões, segundo a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2008. Hoje, foi divulgado o resultado do governo central. Amanhã, será apresentado o superávit primário do setor público, que também inclui as contas dos Estados, municípios e estatais. A meta, nesse caso, é de 4,3% do PIB, sendo 0,5% destinado ao Fundo Soberano do Brasil.

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