Economia

Em meio à crise, contas públicas registram economia recorde de R$ 132,8 bi

;

postado em 26/11/2008 11:01
A economia da União, dos Estados e dos municípios para pagar os juros da dívida, o chamado superávit primário, deixou as contas do setor público superavitárias em outubro, apesar dos efeitos da crise financeira. Segundo dados do Banco Central, o superávit primário acumulado nos dez primeiros meses do ano atingiu o valor recorde de R$ 132,886 bilhões, o equivalente a 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do período. Desde agosto, o número já havia superado a economia feita durante todo o ano de 2007, que foi de R$ 101,6 bilhões. Somente no mês passado, o superávit primário ficou em R$ 14,472 bilhões, puxado pela arrecadação recorde de impostos. O resultado superou o pagamento de juros no mês, que somou R$ 9,249 bilhões. Com isso, houve ainda uma "folga" nas contas públicas, ou um superávit nominal. Ou seja, a economia foi suficiente para pagar os juros da dívida e ainda sobraram recursos no valor de R$ 5,222 bilhões (diferença entre o superávit primário e o pagamento de juros), o melhor resultado desde janeiro deste ano. A principal contribuição para o superávit de outubro veio do governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central), que teve um superávit de R$ 14,466 bilhões. Estados e municípios deram uma contribuição de R$ 2,839 bilhões. As estatais, por outro lado, tiveram um resultado negativo de R$ 2,833 bilhões. Meta Nos dez primeiros meses de 2008, o pagamento de juros foi de R$ 134,721 bilhões. Descontado o superávit primário de R$ 132,866 bilhões nesse período, houve um déficit nominal de R$ 1,835 bilhão nas contas públicas, equivalente a 0,08% do PIB. Com isso, o governo fica próximo novamente de zerar o déficit nas contas públicas neste ano. No ano, o governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) teve um superávit de R$ 95,343 bilhões. As estatais economizaram R$ 8,583 bilhões. Estados e municípios deram uma contribuição de R$ 28,959 bilhões. A meta de superávit primário para o ano é de 3,8% do PIB, mais R$ 14,2 bilhões (0,5% do PIB) para o Fundo Soberano do Brasil, totalizando 4,3% do PIB. Nos últimos 12 meses, o governo fez um superávit de R$ 127,922 bilhões (4,53% do PIB). A arrecadação de impostos e contribuições acima do previsto pelo governo é a principal responsável pelo aumento do superávit primário neste ano em relação ao mesmo período de 2007.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação