postado em 26/11/2008 18:40
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) zerou as fortes perdas da semana passada com a valorização das ações registrada nesta quarta-feira (26/11). O mercado repercutiu positivamente as iniciativas dos governos dos EUA, da China e da União Européia para debelar os efeitos da crise financeira sobre a economia real (setor produtivo e consumo). O dólar refletiu o dia positivo das Bolsas e desabou para R$ 2,27.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avançou 4,76% no fechamento, atingindo os 36.469 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,5 bilhões.
O dólar comercial foi vendido por R$ 2,275, o que significa um declínio de 2,06% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 492 pontos, número 1% acima da pontuação anterior. O mercado resistiu a uma bateria de indicadores bastante desfavoráveis dos EUA: o governo americano revelou uma queda acentuada no nível de gastos das famílias, com apenas um moderado crescimento da renda.
As vendas de casas novas caíram para o seu pior nível desde janeiro de 2001, enquanto a demanda por bens duráveis teve sua pior retração em dois anos.
Entre as poucas boas notícias, o Departamento do Trabalho informou que houve um decréscimo de 14 mil solicitações de auxílio-desemprego na semana passada.
O mercado ainda repercutiu as medidas governais para debelar a crise mundial: a China promoveu um corte drástico dos juros; a União Européia começou a coordenador medidas da ordem de US$ 260 bilhões para animar a economia local. E ontem, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anunciou um pacote de medidas de US$ 800 bilhões para resgatar créditos problemáticas, com foco no consumidor final, medida que ainda teve efeitos no humor dos investidores na jornada desta quarta-feira.