Economia

Níveis de confiança na zona do euro e UE registram quedas em novembro

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postado em 27/11/2008 10:15
A confiança dos consumidores e dos empresários voltou a cair em novembro tanto na zona do euro quanto na União Européia (UE), e com isso marcou seu mínimo histórico desde agosto de 1993, no caso dos países da moeda única, e desde janeiro de 1985, no bloco como um todo, segundo dados da Comissão Européia. O indicador de confiança na economia continuou neste mês em tendência de baixa, já registrada em outubro, com uma queda de 5,1 pontos (para 74,9) na zona do euro e de 6,7 pontos (para 70,5) na UE. A Comissão Européia, o órgão executivo da UE, explica que a queda global da confiança reflete a baixa generalizada em todos os setores, tanto nos países do euro quanto no conjunto da União Européia. A confiança na indústria voltou a cair significativamente nas duas áreas, enquanto, nos serviços, foi estabelecido um novo mínimo. A confiança dos consumidores registrou uma queda mínima tanto na zona do euro quanto em toda a UE, mas se mantém a um nível muito baixo em relação à média histórica. No caso das vendas no varejo, a confiança continuou caindo no conjunto da UE, mas não variou na zona do euro. No setor de construção, caiu bruscamente nas duas zonas. O indicador de confiança dos serviços financeiros - que não está incluído no índice - também registrou uma queda significativa em novembro na zona do euro e na UE. Em outubro, sofreu sua primeira baixa desde que começou a ser elaborado, em 2006, e essa tendência se intensificou neste mês. A maioria dos diretores do setor financeiro entrevistados antecipa uma contração da demanda de seus serviços nos três próximos meses. A Comissão Européia também divulgou nesta quinta-feira (27/11) o Indicador de Clima Empresarial para a zona do euro, que acentuou em novembro sua diminuição e se aproxima dos valores mínimos que marcou em 1993. O órgão executivo da UE indica que a marcada tendência de baixa nesse indicador mostra a deterioração no ritmo de aumento da produção industrial, que provavelmente não se corrigirá no quarto trimestre. Todos os componentes do indicador evoluíram negativamente. Os gerentes informaram sobre a brusca queda da produção nos últimos meses, enquanto os estoques de produtos terminados aumentaram. A avaliação quanto a pedidos e demandas para exportação é cada vez mais negativa, além de terem piorado as expectativas de evolução da produção.

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