Economia

Bovespa recua 0,17%; dólar sobe 2,23%, a R$ 2,332

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postado em 28/11/2008 11:17
As ações brasileiras desvalorizam desde os primeiros negócios desta sexta-feira. O mercado pode ter um novo dia de baixo volume de negócios. A principal referência externa do mercado doméstico, a Bolsa de Nova York, retorna do feriado (o "Thanksgiving"), mas sem operar em seu horário integral. O chamado investidor não-residente responde por mais de 30% do giro financeiro da Bolsa brasileira. O câmbio atinge R$ 2,33. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recua 0,17% e atinge os 36.149 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em queda de 0,70%. O mercado olha com reservas as notícias recentes sobre empréstimos vultosos dos bancos públicos para a Petrobras, como uma sinalização de possíveis problemas de caixa da estatal. A petrolífera já afirmou que os empréstimos foram normais e que mantém seu programa de investimentos. Hoje, os investidores devem repercutir a notícia de que o Banco do Brasil emprestou R$ 750 milhões à estatal num momento de crise no crédito e falta de dólares para exportação. O dólar comercial é cotado a R$ 2,332 na venda, o que representa um avanço de 2,23% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 493 pontos, número 0,61% acima da pontuação anterior. Profissionais do mercado lembram que, no último dia do mês, ocorre a tradicional disputa entre agentes financeiros pela formação da Ptax do dia (a taxa média de câmbio calculada pelo Banco Central). O valor dessa Ptax servirá de referência para a liquidação dos contratos de dólar negociados na BM (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Por esse motivo, agentes financeiros que detém esses contratos atuam no mercado à vista conforme ganhem com uma Ptax mais alta ou mais baixa. O mercado continua bastante pessimista, com a perspectiva de uma recessão de nível mundial e provavelmente mais profunda do que muitos esperavam. Embora uma parte dos problemas no setor financeiro pareçam debelados, a principal preocupação se volta para a chamada "economia real" (setor produtivo e consumo). Vários indicadores apontam para queda no nível de atividade das indústrias, perda de confiança na economia, o que se traduz em menos compras, pelos consumidores, e menos investimentos, pelas empresas. Como ressaltam economistas de bancos e corretoras, somente as recentes iniciativas dos governos da China (com corte drástico dos juros básicos), dos EUA (pacote de US$ 800 bilhões) e da União Européia (medidas de US$ 260 bilhões) podem refrear esse pessimismo do mercado

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