Economia

País tem alta no número de empresas; Crescimento é de 5,7% anuais

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postado em 29/11/2008 13:59
Entre 2000 e 2006, o número de empresas no país cresceu numa taxa média de 5,7% anuais, segundo o estudo ;Demografia das empresas 2006;, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse ritmo é resultado de um aumento de 16,9% no número de abertura de companhias e de 11,2% no de fechamento. Em números nominais, nasceram 726.567 firmas na média anual e morreram 493.766. O saldo líquido por ano foi de 232.800 empresas. No período de seis anos, a quantidade de companhias ativas no país subiu de 3,7 milhões para 5,1 milhões, num crescimento de 37,8%.

Segundo os resultados da pesquisa, as maiores taxas de nascimento de empresas foram observadas nas atividades relacionadas à agricultura, pecuária, exploração florestal e pesca, todas no setor primário da economia e situadas primordialmente no interior. Em seguida, vem o segmento de prestação de serviços, típico das cidades. Os menores ritmos de expansão ocorreram nos ramos industriais. De acordo com a explicação dos técnicos do IBGE, eles apresentam ;maiores barreiras; à abertura de um negócio, como uma necessidade maior de investimentos para o início e manutenção da produção, além da exigência de conhecimento tecnológico.

Pequenos
O levantamento confirmou a prevalência de micro e pequenas empresas no país. Em 2006, cerca de 92% das companhias existentes eram de pequeno porte, segmento que empregava 68% dos trabalhadores brasileiros. Mais da metade delas (53,4%) atuavam no comércio, atividade seguida pelas imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (12,7%) e as indústrias de transformação (10,3%). Empresas de maior porte representavam só 0,2% do número total. Mas absorviam 32% do pessoal ocupado e eram responsáveis por 57,7% do total de salários pagos no ano.

No último ano da pesquisa, 30,2 milhões de pessoas estavam empregadas nas empresas pesquisadas. Desse total, 77,2% das pessoas eram remuneradas por salários. As remunerações como um todo somaram R$ 324,5 bilhões, numa média de R$ 1.072 por empregado. Isso equivalia a 3,2 salários mínimos. Em média, cada empresa empregava seis pessoas. O comércio abrigava 31,5% dos trabalhadores, seguido pela indústria de transformação (25%) e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (13,8%). As microempresas pagavam, em média, R$ 654, enquanto as grandes desembolsavam R$ 1.494, um valor 128,4% maior. Elas pagaram salários 39,4% acima da média nacional.

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