postado em 30/11/2008 18:04
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, afirmou neste domingo (30/11)
que a ajuda ao desenvolvimento não deve ser vista apenas como uma obrigação moral, mas também como a "resposta correta para manter a economia funcionando" no atual contexto de crise. Amorim fez essa declaração na Conferência Internacional sobre Financiamento para Desenvolvimento das Nações Unidas, realizada em Doha.
; É verdade que todos estamos no mesmo barco e que o barco ainda corre o risco de afundar, mas desta vez o buraco apareceu na primeira classe ; afirmou.
Por isso, o chanceler brasileiro disse que os países desenvolvidos devem ser os responsáveis por restaurar o crescimento da economia global e de diminuir o impacto da crise nas nações em desenvolvimento.
Amorim também citou a recente cúpula de chefes de Estado e de Governo do G20 (que reúne os países mais ricos e as principais economias emergentes), realizada em 15 de novembro em Washington.
A respeito desse encontro, o chanceler brasileiro destacou a determinação do grupo em "trabalhar junto para refundar o sistema financeiro".
Amorim disse ainda que as Nações Unidas "podem e deveriam contribuir para esse debate" e destacou que a ONU continua sendo "o fórum mais democrático e representativo, o único que pode dar legitimidade ao processo de reforma".
O chanceler também defendeu profundas mudanças nos organismos internacionais e ressaltou o crescente consenso em torno de uma nova arquitetura financeira que leve em consideração o peso e a influência dos países em desenvolvimento na tomada de decisões.