Economia

Bolsas européias fecham com perdas entre bancos e indicadores negativos

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postado em 01/12/2008 16:17
As Bolsas européias tiveram quedas acentuadas nesta segunda-feira (1°/12). O desempenho fraco das ações do setor bancário e os dados econômicos preocupantes afetaram a disposição dos investidores para os negócios hoje. A Bolsa de Londres fechou em baixa de 5,82% no índice FTSE 100, indo para 4.038,45 pontos; a Bolsa de Paris caiu 5,59% no índice CAC 40, indo para 3.080,42 pontos; a Bolsa de Frankfurt caiu 5,88% no índice DAX, operando com 4.394,79 pontos; a Bolsa de Amsterdã teve baixa de 6,75% no índice AEX General, que ficou com 235,50 pontos; a Bolsa de Zurique fechou em baixa de 4,97%, com 5.527,58 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão teve queda de 5,36% no índice MIBTel, que ficou com 14.692 pontos. Hoje o instituto de pesquisa Markit divulgou o PMI, índice que mede a atividade de gerentes de compras, referente a outubro; o indicador mostrou uma queda de 41,1 pontos em setembro para 35,6 pontos no mês seguinte. Hoje também foram divulgados indicadores pouco favoráveis sobre as vendas no varejo na Alemanha: em outubro, as vendas tiveram queda de 1,6%. Os papéis do setor bancário tiveram desempenho negativo, com destaque para as perdas do BNP Paribas, do Société Générale, Credit Agricole e UBS. Além disso, o banco público regional da Baviera (sul da Alemanha), BayernLB, em grande dificuldade financeira, anunciou nesta segunda-feira que demitirá 5.600 de seus 19.200 funcionários até 2013 --ou seja, cerca de 29% de seu pessoal. A medida pretende economizar para o banco 670 milhões de euros (US$ 846 milhões) de gastos nos próximos cinco anos, segundo um comunicado. Hoje também, o banco britânico HSBC anunciou que vai demitir 500 trabalhadores no Reino Unido. Segundo o diretor-gerente da instituição, Paul Thurston, a medida se justifica "pela necessidade de reavaliar o negócio e assegurar eficiência operacional". "Nos últimos dois meses avaliamos com reservas nossa situação, concentrando-nos em evitar a duplicação de tarefas, conduzir os custos e dedicar recursos às áreas que oferecem potencial de crescimento." As Bolsas européias fecharam antes do Nber anunciar que a recessão na economia americana teve início em dezembro do ano passado. "O comitê determinou que um pico na economia dos EUA ocorreu em dezembro de 2007. O pico marcou o fim do ciclo de expansão começado em novembro de 2001 e o início da recessão", diz o instituto, em um comunicado. Segundo o comunicado, o período de expansão durou 73 meses. O período anterior de expansão, nos anos 90, durou 120 meses, segundo o documento. Uma recessão, segundo o Nber, é um significativo declínio na atividade econômica difundido pela economia como um todo e que costuma durar mais que alguns poucos meses. Normalmente os efeitos de uma recessão são visíveis na produção, no mercado de trabalho, nos salários e em outros indicadores econômicos. Ela começa quando a economia atinge um pico do ciclo econômico e termina quando atinge o ponto mais baixo. Entre esse ponto e o pico, a economia registra expansão. Na semana passada, o Departamento de Comércio informou que a economia dos EUA teve uma contração de 0,5% no terceiro trimestre deste ano, maior que a de 0,3% anunciada no fim de outubro, segundo dados revisados. As perspectivas para a economia americana no quarto trimestre são de uma nova contração.

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