postado em 02/12/2008 18:45
O ministro Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o gasoduto Brasil-Bolívia em Santa Catarina deve seve ser reparado em duas semanas. A Defesa Civil pediu que as atividades fossem suspensas por riscos de novos deslizamentos nos locais.
Segundo o ministro, o Estado não está recebendo entre 2 e 4 milhões de metros cúbicos de gás. Dezenas de caminhões estão levando gás para o local diariamente. A tubulação da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) está rompida desde o dia 23 de novembro, prejudicando o envio de gás natural para os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Os trabalhos de reparo no gasoduto Brasil-Bolívia, danificado pelas chuvas que atingem o Estado de Santa Catarina, estão interrompidos pela Defesa Civil desde domingo (30/11) devido ao risco de novos deslizamentos no local, no município de Gaspar (SC).
Em Santa Catarina, o fornecimento foi interrompido para cerca de 140 indústrias e 80 postos de gás natural veicular (GNV). No Rio Grande do Sul, o gás deixou de chegar a 87 indústrias, incluindo uma refinaria da Petrobrás, e 59 postos de GNV.
De acordo com a TBG, até a interrupção dos trabalhos, a empresa já tinha concluído a preparação do terreno e três tubos estavam prontos para serem soldados. Com a interdição, equipamentos ficaram no local esperando a liberação.
Vistoria
Segundo a Defesa Civil de Santa Catarina, uma nova vistoria será realizada nesta terça-feira para analisar a possibilidade de deslizamentos. A Defesa ainda acrescentou que a empresa deve entregar um plano de trabalho e outro de emergência - para possível retirada de trabalhadores - para analisar a possibilidade de retomada dos trabalhos.
Mas a assessoria da empresa afirmou não ter recebido informações sobre a elaboração dos planos. Antes da interdição do local, a empresa previa a conclusão das obras em 15 de dezembro. Uma nova data de término não foi divulgada pela empresa.
Como alternativa, parte da indústria dos estados está usando GLP (gás de cozinha), que precisa ser transportado por caminhão e tem maior custo, diz o presidente da SCGás (companhia de gás catarinense), Ivan Ranzolin.
Ainda de acordo com Ranzolin, o setor residencial e comercial de Santa Catarina pode ser abastecido por mais 25 ou 30 dias com o gás que ainda resta nas tubulações. Após esse prazo, a região do Vale do Itajaí e todo o sul do estado devem ficar sem abastecimento de gás natural. A Sulgás (companhia de gás do RS) informou na segunda-feira (1°/12) que o abastecimento para 331 residências e 38 estabelecimentos comerciais está assegurado durante o período do conserto, mas não especificou o número exato de dias.