Economia

Bovespa segue bom humor de NY e fecha em alta de 0,75%

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postado em 02/12/2008 19:06
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) perdeu ímpeto perto da conclusão das operações e encerrou o pregão com alta moderada, seguindo o bom humor dos mercados em Nova York. O giro fraco de negócios foi inflado por dois leilões para compra de ações de minoritários. O câmbio teve um dia de forte alta e voltou à casa dos R$ 2,40. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, valorizou 0,75% e atingiu os 35.000 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,64 bilhões. Hoje foram realizados os leilões para compra de ações, de posse dos acionistas minoritários, da Petroquímica União e da Anglo Brazil, o que inflou o volume financeiro.Nos EUA, a Bolsa de Nova York ainda opera e registra ganhos de 1,85%. O dólar comercial foi comercializado a R$ 2,409, o que representa um avanço de 3,83% sobre a cotação de ontem. O mercado operou ainda sob o rescaldo da confirmação oficial de que os EUA já estão em recessão desde dezembro de 2007. Os investidores, no entanto, trabalham com expectativas de que o governo americano finalmente conceda auxílio financeiro para resgatar as montadoras locais. Hoje, a Ford Motors apresentou um plano ao Congresso dos EUA para se candidatar a receber a possível ajuda de US$ 25 bilhões previstos para a indústria automobilística. No mercado doméstico, a queda surpreendente da produção industrial brasileira em outubro forçou uma discussão entre economistas sobre um possível corte dos juros básicos brasileiros na reunião da semana que vem do Comitê de Política Monetária (Copom). Carteiras Os setores de consumo doméstico, bancos e commodities ainda representaram o grosso das recomendações de várias corretoras para o mês de dezembro, em que tradicionalmente há um "rally" de compras na virada do ano. Devido às turbulências recentes, provocadas pela crise dos créditos "subprime", analistas esperam uma recuperação bastante modesta da Bolsa de Valores neste mês. Em comum, as corretores recomendam as ações dos bancos Bradesco, Vale do Rio Doce, Petrobras, além da Brasil Telecom, em meio a um complexo e incerto processo de aquisição pelo grupo Oi. No setor bancário, a corretora Spinelli destaca as recentes aquisições de carteiras de crédito pelo Bradesco, lembrando que o banco deve reabrir seu programa de recompra de ações neste mês. Já no setor de consumo doméstico, várias apontam para as ações da cadeia Lojas Americanas. "O quatro trimestre é sazonalmente o mais forte para as Lojas Americanas, concentrando cerca de 35% das vendas do ano", lembra a corretora Ativa. As ações da Vale e da Petrobras continuam na mira dos analistas, devido à expectativa de que os papéis das duas empresas tenham um forte repique nos próximos 12 meses, assim que o mercado estiver em condições de recuperação. A corretora Planner projeta um preço-alvo de R$ 48,60 para as ações da petrolífera, e de R$ 44,22 para as ações da mineradora. No pregão de hoje, a ação da estatal foi cotada a R$ 18,30 (baixa de 0,54%), enquanto o papel da Vale foi negociado a R$ 22,49, o que significa um recuo de 1,74%.

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