Economia

Dragagem do porto de Itajaí (SC) será sem licitação, para funcionamento em 20 dias

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postado em 02/12/2008 21:25
A dragagem do porto de Itajaí, localizado num dos municípios mais atingidos pelas chuvas em Santa Catarina, começará a ser feita, em caráter de emergência, sem licitação, na próxima semana. Os investimentos para a reconstrução do porto são estimados em torno de R$ 350 milhões e serão liberados por medida provisória pelo governo federal. ;Este é o maior gargalo para que o terminal, que já contabiliza um prejuízo de US$ 400 milhões, volte a operar;, disse hoje (2), em Itajaí, o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito. O superintendente do Porto de Itajaí, Arnaldo Schmidt, disse que uma comissão intersetorial foi formada para orientação, acompanhamento e fiscalização das obras. Após uma visita de inspeção, o ministro disse que as enchentes ocasionaram uma completa mudança no regime de segmentação do rio Itajaí-Açu. Alguns pontos do rio foram escavados para menos de 22 metros de profundidade e outros estão com apenas menos 6 metros, o que impede qualquer navegação de carga. A profundidade do canal é de 11 metros. Com esta medida e as obras de recuperação dos berços (cais) também danificados, o ministro confirmou que o Porto de Itajaí estará funcionando nos próximos 20 dias. ;Embora as obras de dragagem levem uns 90 dias para ficar prontas;, observou. O porto só vai operar com sua capacidade total em seis meses, na avaliação do ministro. Nesse período, ele disse que orientou a direção do Porto de Navegantes a usar também a mão-de-obra dos trabalhadores de Itajaí. Segundo o ministro, o trabalho de recuperação do porto será feito 24 horas por dia. A idéia é concluir as obras no prazo menor que a engenharia permitir. ;O terminal de Itajaí é fundamental para o sistema portuário brasileiro. É nosso maior terminal de carga de congelados do país e o segundo em movimentação de contêineres.; O ministro disse que novas enchentes poderão ocorrer na região do Vale do Itajaí, portanto, para evitar maiores transtornos ao município, que tem 70% de sua economia atrelada ao porto, o Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviarias está realizando um estudo para a construção de um canal na entrada da cidade, antes do espaço onde está o porto, com capacidade para derivar as águas em momentos de enchentes. ;Quando o rio receber uma carga muito grande , essas comportas serão abertas e vão desviar cerca de mil metros cúbicos de água por segundo em direção ao mar, preservando o porto e acidade;, explicou.

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