Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas européias operam em baixa; asiáticas sobem após dia negativo

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As Bolsas européias operam em baixa nesta quarta-feira (03/12). Depois dos ganhos de ontem com os papéis dos setores bancário e de energia, os investidores venderam ações, aproveitando para ficar com os lucros. Os negócios têm oscilado nos últimos dias, refletindo a preocupação no mercado financeiro sobre a economia mundial, cada vez mais perto da recessão. Na Ásia e região, as Bolsas subiram, depois das quedas acentuadas de ontem - a Bolsa de Tóquio, por exemplo, encerrou a terça-feira com queda de mais de 6%. Às 7h42 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em baixa de 0,81% no índice FTSE 100, indo para 4.089,44 pontos; a Bolsa de Paris caía 1,94% no índice CAC 40, indo para 3.091,65 pontos; a Bolsa de Frankfurt caía 2,21% no índice DAX, operando com 4.431,79 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha baixa de 2,35% no índice AEX General, que estava com 235,66 pontos; a Bolsa de Zurique estava em baixa de 1,14%, com 5.474,32 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha queda de 1,06% no índice MIBTel, que ia para 14.786 pontos. Na Europa, os investidores viram com otimismo a previsão da Comissão Européia - o órgão executivo da União Européia (UE) - de aceitar novas ajudas para os bancos, em meio a críticas recebidas por vários países do bloco por sua rigidez ante os resgates bancários. "A Comissão aprovará antes do Natal uma série de possibilidades de ajudas adicionais para enfrentar a chegada da crise financeira à economia real", afirmou a comissária européia de Concorrência, Neelie Kroes. "Essas medidas complementarão e reforçarão o apoio dado aos bancos." Também traz ânimo aos negócios na Europa o pedido da comissão de que os países do bloco destinem 200 bilhões de euros, equivalentes a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da UE, para superar a crise econômica. A quantia proposta pela comissão é "realista", disse seu presidente, José Manuel Durão Barroso. Nesta quinta-feira (04/12), o BCE (Banco Central Europeu) e o Banco da Inglaterra (BC britânico) devem decidir sobre suas taxas de juros, com a expectativa no mercado financeiro por um corte. Mesmo assim, as más notícias continuar a influenciar a disposição dos investidores para permanecerem no mercado. O Banco Mundial prevê que a retração do comércio mundial em 2009 - a primeira em 27 anos - deve chegar a 1%. Além disso, o Nber (Escritório Nacional de Pesquisa Econômica, na sigla em inglês) informou nesta segunda-feira (01/12) que a recessão na economia americana teve início em dezembro do ano passado. "O comitê determinou que um pico na economia dos EUA ocorreu em dezembro de 2007. O pico marcou o fim do ciclo de expansão começado em novembro de 2001 e o início da recessão", diz um comunicado do centro de estudo. Uma recessão, segundo o Nber, é um significativo declínio na atividade econômica difundido pela economia como um todo e que costuma durar mais que alguns poucos meses. Normalmente os efeitos de uma recessão são visíveis na produção, no mercado de trabalho, nos salários e em outros indicadores econômicos. Ela começa quando a economia atinge um pico do ciclo econômico e termina quando atinge o ponto mais baixo. Entre esse ponto e o pico, a economia registra expansão. Ásia e região O índice Nikkei 255 da Bolsa de Tóquio (Japão) fechou o dia com alta de 1,79%, aos 8.004,10 pontos; o Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, subiu 1,36%, indo para 13.739,80 pontos; a Bolsa de Sydney (Austrália) registrou ligeira variação positiva de 0,09% no indicador ASX; na Bolsa de Xangai (China), a alta foi de 4,01% no indicador Shanghai Composite; somente a Bolsa de Seul (Coréia do Sul) teve ligeira variação negativa, de 0,05% no índice Kospi. O bom humor nos mercados asiáticos e da região seguiu o dia positivo em Nova York ontem: a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) subiu 3,31%; o índice Nasdaq avançou 3,70%; e o Standard & Poor´s 500 ganhou 3,99%. A divulgação do plano de recuperação da General Motors ante a crise financeira sobre as três principais empresas do setor automotivo americano - GM, Ford e Chrysler - animou os investidores.