Economia

Montadoras dos EUA pedem ajuda de US$ 34 bi

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postado em 03/12/2008 08:54
A GM, a Ford e a Chrysler pediram nesta terça-feira (02/12) empréstimos de US$ 34 bilhões ao governo americano para sobreviverem à crise. A Ford afirmou que precisa de um empréstimo-ponte de US$ 9 bilhões e prometeu voltar a dar lucros em 2011. Já a GM quer um empréstimo de US$ 12 bilhões para garantir seu nível de liquidez até o fim de 2009, e US$ 4 bilhões seriam necessários para manter a montadora à tona até o fim deste ano. Além disso, a GM pediu uma linha de US$ 6 bilhões para a eventualidade de a recessão americana se aprofundar. A Chrysler disse que precisa de US$ 7 bilhões, porque suas reservas só vão durar até o primeiro trimestre do ano que vem. Os empréstimos são parte dos planos de recuperação que as montadoras enviaram ao Congresso, uma exigência para que o governo libere os recursos pedidos há 15 dias. O valor é superior aos US$ 25 bilhões pedidos antes. Em entrevista no fim da tarde de ontem, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, disse que pelo menos uma intervenção de curto prazo será aprovada. ;Acredito que haverá uma intervenção, seja por meio do Congresso ou do Executivo;, disse Nancy. ;Está claro que falência não é uma opção.; Os presidentes da Ford, GM e Chrysler concordaram em trabalhar por um salário de US$ 1, se o governo aprovar o plano de resgate Além disso, o executivo-chefe da Ford, Alan Mulally, disse que a empresa vai vender seus cinco jatinhos. Mulally pretende chegar à audiência no Senado dirigindo um Ford Escape híbrido. A GM vai vender quatro jatinhos da companhia e Rick Wagoner, presidente da montadora, vai dirigindo um Malibu Sedan híbrido até Washington. Tudo isso na tentativa de reverter o desastre de relações públicas de 15 dias atrás, quando os executivos enterraram suas chances de receber facilmente dinheiro público. Os três executivos chegaram a Washington em jatinhos das empresas e não aceitaram cortes nos salários. A falta de humildade dos executivos irritou legisladores, que exigiram um plano mais detalhado para liberar recursos.

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