As ações brasileiras desvalorizam já nos primeiros negócios desta quarta-feira (3/12). Os investidores estão atentos aos indicadores econômicos já divulgados, que mostram a grave deterioração da economia na Europa e aguardam mais uma pesada bateria de números relativos aos EUA.
Há expectativas positivas, no entanto, de que o Congresso americano possa sinalizar hoje que vai liberar auxílio financeiro paras as montadoras, que ontem apresentaram projetos de investimentos para apreciação dos legisladores. Gigantes da indústria automobilística americana estão em situação pré-falimentar e analistas afirmam que uma quebra generalizada poderia agravar ainda mais o quadro econômico.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recua 0,41% e alcança os 34.856 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em alta de 0,75%.
As Bolsas asiáticas fecharam em alta, ainda com investidores bastante cautelosos sobre a recessão nos EUA. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 1,79% enquanto o índice Hang Seng, do mercado de Hong Kong, teve alta de 1,36%. Na Europa, a Bolsa de Londres cede 0,46%, enquanto o mercado de Frankfurt cai 1,08%.
Entre as primeiras notícias do dia, o instituto de pesquisa Markit revelou que o setor de serviços na zona do euro sofreu uma contração recorde em novembro. Nos EUA, a MBA (Associação de Bancos de Hipoteca, na sigla em inglês) informou que o número de propostas de hipotecas teve uma alta histórica na semana passada.
Os investidores monitoram ainda hoje os indicadores de produtividade e custo da mão-de-obra americano, ainda pela manhã, e ficam à espera do notório "Livro Bege", documento com dados econômicos coletados nas 12 divisões regionais do Federal Reserve (o Fed, banco central dos EUA), com divulgação prevista para as 17h (hora de Brasília).