postado em 03/12/2008 12:32
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não resiste a uma bateria de indicadores econômicos ruins nos EUA e na Europa: na zona do euro, a contração do setor de serviços foi recorde, enquanto a economia americana sofreu o maior corte de vagas em seis anos. O Banco Central já interferiu por duas vezes no câmbio, sem conseguir evitar que a taxa retorne para a casa dos R$ 2,39.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, cede 2,25%, aos 34.213 pontos. O giro financeiro é de R$ 437 milhões.
O dólar comercial é vendido por R$ 2,399 na venda, o que significa um avanço de 0,29% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 524 pontos, número 2,14% acima da pontuação anterior.
O Banco Central voltou a agir agressivamente para deter a escalada do câmbio, vendendo dólar no mercado à vista por duas vezes logo após a abertura dos negócios nesta quarta-feira. No primeiro leilão de moeda, às 10h28, o BC aceitou ofertas por R$ 2,3915; no segundo leilão, às 10h44, a autoridade monetária vendeu moeda por R$ 2,3755. As Bolsas européias trabalham em terreno negativo, a exemplo de Londres (baixa de 1,05%), Paris (recuo de 2,95%) e Frankfurt (retração de 1,89%).
Entre as primeiras notícias do dia, o instituto de pesquisa Markit revelou que o setor de serviços na zona do euro sofreu uma contração recorde em novembro. Nos EUA, a MBA (Associação de Bancos de Hipoteca, na sigla em inglês) informou que o número de propostas de hipotecas teve uma alta histórica na semana passada. Nos EUA, a consultoria Challenger Gray & Christmas divulgou que os anúncios de cortes de empregos atingiram 181.671 vagas em novembro, um aumento de 61% em relação a outubro e de 148% em relação a novembro de 2007.
Entre as poucas notícias positivas do dia, a MBA (Associação de Bancos de Hipoteca, na sigla em inglês) revelo que a demanda por empréstimos hipotecários mais que dobrou (112%) na semana passada, com o novo programa do Federal Reserve (banco central dos EUA).
Os investidores monitoram ainda hoje os indicadores de produtividade e custo da mão-de-obra americano, ainda pela manhã, e ficam à espera do notório "Livro Bege", documento com dados econômicos coletados nas 12 divisões regionais do Federal Reserve (o Fed, banco central dos EUA), com divulgação prevista para as 17h (hora de Brasília).