postado em 04/12/2008 08:31
As principais Bolsas de Valores da Ásia registraram quedas nesta quinta-feira (4/12), exceto a Bolsa de Xangai (China), que voltou a subir com a declaração do governo da China de que deve tomar mais medidas para estabilizar o sistema financeiro do país e elevar a liquidez do mercado.
No Japão, o principal mercado da região Ásia-Pacífico, a Bolsa caiu 1%, para os 7.924,24 pontos, no índice Nikkei 255 com perdas em ações de empresas exportadoras. Com a crise nos Estados Unidos, o consumo diminui e afeta principalmente as gigantes de tecnologia do país, bastante dependentes do mercado externo.
Foi afetado também o setor automotivo. A Toyota Motor afirmou que paralisará temporariamente a produção de suas fábricas em Hokkaido (norte do Japão), após ter anunciado nesta semana a interrupção parcial de duas de suas fábricas da marca de luxo Lexus por dois dias em dezembro.
Em Xangai, a Bolsa teve ganhos de 1,84%, aos 2.001,50, com o ânimo dos investidores em relação à medida do governo para aumentar a circulação de dinheiro no país e elevar a confiança nos mercados de valores nacionais.
A Comissão Reguladora da Bolsa de Valores da China revelou o objetivo de aumentar a proporção de capitais de seguradoras e fundos de previdência investidos na bolsa. A declaração foi dada pelo diretor da comissão Shang Fulin em entrevista ao jornal "Shanghai Daily". O governo ainda não precisou como pretende agir.
Na semana passada, o presidente do Conselho Nacional para o Fundo da Seguridade Social, Dai Xianglong, disse que previa investir mais dinheiro dos fundos de previdência chineses na Bolsa. Somente em novembro, 10 bilhões de iuanes (cerca de 1,15 bilhão de euros ou US$ 1,45 bilhão) dos fundos de previdência foram investidos na Bolsa chinesa.
Em Hong Kong, a queda foi de 0,58%, para 13.509,80 pontos, no indicador Hang Seng. A Bolsa de Sydney (Austrália) perdeu 0,24% no índice ASX; o KOSPI da Bolsa de Seul (Coréia do Sul) recuou 1,58%, aos 1.006,54 pontos.
Nos Estados Unidos, as Bolsas avançaram ontem em um pregão marcado por dados econômicos negativos e pelo interesse nas ações de alguns setores. O Dow Jones Industrial Average (DJIA), principal indicador da Bolsa, subiu 2,05%, e o Nasdaq, 2,94%. O índice ampliado Standard & Poor´s 500 ganhou 2,58%.
O mercado teve que assimilar o relatório da consultoria ADP mostrando que o desemprego segue em alta nos Estados Unidos, com a perda de 250 mil postos de trabalho em novembro no setor privado, e a desaceleração da atividade no setor de serviços nos EUA.