postado em 04/12/2008 16:52
A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos de R$ 1,8 bilhão para a construção de cinco novas unidades industriais de açúcar e álcool, de acordo com nota divulgada hoje pelo banco de fomento
A empresa ETH, controlada pelo grupo Odebrecht, receberá R$ 1,15 bilhão para a construção de três unidades industriais nos Estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Os outros R$ 634 milhões serão destinados à IACO Agrícola, dos grupos Grendene e Irmãos Schmidt e do empresário André Esteves, para a construção de uma usina em Mato Grosso do Sul e para a Usina São Fernando, controlada pelos Grupos Bertin e Bumlai, para implantação de outras duas unidades também em Mato Grosso do Sul.
O apoio do BNDES aos três grupos permitirá investimentos totais de R$ 2,9 bilhões na economia brasileira e a geração de 7,5 mil empregos na região Centro-Oeste e no interior do Estado de São Paulo. Além disso, a partir de recomendação do BNDES, serão feitos investimentos ambientais e sociais no entorno das unidades.
Na ETH, esses aportes somarão R$ 24 milhões. As três usinas do grupo Odebrecht terão capacidade de moagem total de 14 milhões de toneladas, a ser atingida até 2013. O apoio do BNDES, correspondente à primeira fase do projeto (2008 a 2010), equivale a 60% do valor total do investimento, de R$ 1,921 bilhão. A meta de produção, a partir da safra 2015/2016, é de 45 milhões de toneladas de cana por safra e venda anual de 2,9 bilhões de litros de etanol, 1,8 milhão de toneladas de açúcar e 700 megawatts (MW) de energia.
A usina São Fernando Açúcar e Álcool (Bertin e Bumlai) terá capacidade de moagem de 2,3 milhões de toneladas de cana por safra e de gerar 49 MW de energia elétrica, com início de operação previsto para 2009/10. A produção de etanol será de 200 milhões de litros anuais.
A capacidade de produção da IACO será de 1,9 milhão de tonelada de cana-de-açúcar na safra 2011/12, 161 milhões de álcool e vai gerar 40 MW. A localização do projeto, em Chapadão do Sul (MS) é estratégica devido à grande disponibilidade de boas terras e por ficar a, apenas, cerca de 15 quilômetros da Ferronorte