Economia

Presidente da Oi conta que sede da BrT deverá sair do DF, mas número de empregos será mantido

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postado em 07/12/2008 09:57
Na contagem regressiva para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) dar seu aval sobre a compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi ; o prazo vence dia 21 para que a operadora não tenha que pagar uma multa de R$ 490 milhões ;, o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, em entrevista ao Correio, detalhou como ficará a BrT no Distrito Federal depois da fusão. Segundo o executivo, não há nada fechado sobre mudança de logomarca ou definição do local da sede da nova empresa, mas a tendência é que seja no Rio de Janeiro. Porém, Falco garantiu que os empregos serão mantidos. ;Temos um acordo, negociado com os acionistas, de manter o número de empregos;, afirmou. São 17.610 funcionários em todo o país, conforme balanço do terceiro trimestre da BrT. O executivo observou, no entanto, que algumas adaptações serão inevitáveis. ;É claro que não vamos ter um diretor de recursos, e um de humanos. Então, nesses casos, vai ter um único diretor, mas nada impede que essa pessoa possa trabalhar em outro setor do grupo, em outra função. Obviamente, não vamos manter todas as pessoas, mas vamos manter o número de empregos;, ressaltou. Falco fez duras críticas aos concorrentes, ao afirmar que a Oi é a ;única coisa nova; no mercado, razão pela qual as outras operadoras estão numa campanha ferrenha para que a aquisição da BrT patine. A supertele O prazo para a aprovação da compra da BrT está acabando. A Oi teve alguma sinalização da Anatel de aprovação dentro do tempo hábil? Sobre prazo, não temos nenhuma condição de responder. Quem responde é a Anatel. Os recentes rumores de compra da TIM Brasil pela Telefonica podem atrapalhar a compra da BrT? Esse negócio de TIM só reforça nosso discurso. Só lembrando que, neste momento, com o PGO (Plano Geral de Outorgas) aberto, caso, eventualmente, não venha a surgir essa companhia (fusão da Oi e BrT), as concessionárias estrangeiras poderiam comprar as brasileiras. Então é importante surgir uma empresa brasileira. Então, se a Oi e a BrT não se juntarem, elas podem ser compradas pelos grupos estrangeiros? Elas serão compradas. Se a Telefónica compra a TIM, não tenha dúvida de que vá comprar a Oi e a Brasil Telecom. A Telefónica (dona da Vivo) e a América Móvil (da Claro) pagam um preço muito mais caro para não ter essa competição de mercado. Mas critica-se muito a concentração de mercado se houver a fusão da Oi e da Brt%u2026 Na parte de competição, nós somos a única coisa nova de verdade. Se há alguma coisa nova no mercado, somos nós. O resto foram consolidações que foram acontecendo dentro desses dois grupos (América Móvil e Telefónica) e que, efetivamentee, têm a tendência de continuar acontecendo se a gente não criar essa operadora nacional. Aí eles ficam chamando a gente de supertele, e como um é cinco vezes maior que nós e o outro é oito vezes maior que nós, quando eles me chamam de supertele, eu não tenho adjetivos superlativos para chamá-los. Se eu sou supertele, eles devem ser hipertele, megatele, coisas assim... Só para você entender, na América Latina, metade das empresas são do espanhol (Telefónica) e metade são do mexicano (Carlos Slim, dono da América Móvil). Mas tem um monte de empresinhas por aí, que não são nem do espanhol nem do mexicano, e esses caras estão fadados a morrer. Agora, com a criação dessa nossa empresa, eles passam a ter uma chance de se juntar a um terceiro grupo. Mas, então, o consumidor tende a ganhar? Ele vai ganhar. Todos os preços que forem tarifa, são regulados por contrato, e uma parte de todos os ganhos de produtividade são repassados para o mercado. Então, as tarifas, que aumentariam por inflação, são abatidas em 75%. Agora, todo o restante que é preço, o consumidor ganha porque a gente aumenta a competição. Você está excluindo a TIM%u2026 A TIM já é da Telefónica. A TIM Brasil não tem força para continuar sozinha, assim como a Telecom Italia não tem. Se ela fosse independente, teria aprovado a compra pelo mexicano lá trás, que ofereceu muito dinheiro para ela.

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