Economia

Inflação pelo IGP-DI desacelera e fica em 0,07%, diz FGV

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postado em 08/12/2008 09:11
O IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna) registrou ligeira variação positiva de 0,07% em novembro, uma forte desaceleração em relação a outubro, quando a alta foi de 1,09%. No ano, o indicador acumula alta de 9,58% e, nos 12 meses até novembro, a alta acumulada foi de 11,20%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (8/12) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A metodologia aplicada na apuração do IGP-DI é a mesma do IGP-10 e do IGP-M - usados no reajuste, por exemplo, de contratos de aluguel -, também apurados pela FGV, com a única diferença de ter um período de coleta diferente. O IGP-DI de novembro foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 1° e 30 do mês de referência. O IPA (Índice de Preços por Atacado) teve deflação de 0,17%, contra alta de 1,36% um mês antes. O índice relativo a Bens Finais caiu 0,15%, contra alta de 0,93% em outubro. A principal contribuição para a desaceleração partiu do subgrupo alimentos processados (de 2,12% para -0,55%). Excluídos alimentos in natura e combustíveis, o índice ficou praticamente estável (ligeira variação positiva de 0,01%). Em outubro, houve alta de 1,43%. O índice do grupo Bens Intermediários teve deflação de 0,47% em novembro, contra alta de 1,38% em outubro, com destaque para o subgrupo suprimentos (de 2,71% para -4,36%). Excluídos combustíveis e lubrificantes para a produção, houve deflação de 0,36%, contra alta de 1,46% no mês anterior. O índice de preços de Matérias-Primas Brutas desacelerou de uma alta de 1,82% em outubro para uma de 0,26%, em novembro, com destaque para a diminuição no ritmo de alta dos preços dos itens arroz (em casca) (3,47% para -6,59%), bovinos (-0,01% para -2,84%) e minério de ferro (16,11% para 8,25%). Já os preços da soja em grão (-2,21% para 1,03%), tomate (2,99% para 36,50%) e leite in natura (-4,97% para -2,69%) aceleraram. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,56%, ficando acima dos 0,47% de outubro, com a aceleração do grupo Alimentação (0,83% para 0,99%), em particular dos itens hortaliças e legumes (-2,13% para 0,85%), laticínios (-0,21% para 1,04%), óleos e gorduras (-2,47% para -0,06%) e bebidas não-alcoólicas (-0,31% para 0,59%). Ainda subiram os preços nos grupos Habitação (0,42% para 0,52%), Educação, Leitura e Recreação (0,17% para 0,35%), Transportes (0,08% para 0,13%) e Despesas Diversas (-0,14% para 0,04%), com destaque para tarifa de eletricidade residencial (0,02% para 0,64%), show musical (-1,78% para 0,59%), seguro facultativo para veículos (0,76% para 2,36%) e mensalidade para TV por assinatura (-2,16% para 1,32%). O núcleo do IPC subiu 0,45% em novembro, contra 0,31% um mês antes. O grupo Saúde e Cuidados Pessoais teve alta de 0,42%, mesmo resultado de outubro, com destaque para o item serviços de cuidados pessoais (0,55% para 0,72%), enquanto o item medicamentos em geral (0,30% para 0,04%) teve desaceleração. O grupo Vestuário (0,58% para 0,61%) desacelerou, com destaque para o item roupas (1,31% para 0,68%). O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) subiu 0,50% em novembro, abaixo do 0,77% em outubro. O grupo Materiais apresentou desaceleração (de 1,47% para 0,77%). O grupo Serviços também desacelerou (de 0,64% para 0,50%). Já o grupo Mão-de-Obra avançou de 0,12% para 0,22%.

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