Jornal Correio Braziliense

Economia

NY abre em alta, à espera de ajuda às montadoras

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As Bolsas de Nova York abriram em alta nesta segunda-feira (8/12), com o foco voltado para as montadoras norte-americanas, diante da crescente expectativa de que receberão apoio financeiro de emergência do governo dos Estados Unidos para que sobrevivam até março do ano que vem. As declarações no fim de semana do presidente eleito do país, Barack Obama, de que pretende lançar um amplo programa de meio trilhão de dólares para investimento em infra-estrutura, o maior desde a década de 1950, também sustenta o entusiasmo dos investidores. Às 12h30 (de Brasília), o índice Dow Jones subia 1,62%, o Nasdaq 100 avançava 2,13% e o S 500 operava em alta de 1,32%. As ações da General Motors (GM) avançaram 25% no pré-mercado em Nova York e as da Ford ganharam 21%, refletindo o entusiasmo com a perspectiva de receberem US$ 15 bilhões. Os democratas querem votar o novo plano esta semana, possivelmente amanhã. O presidente do sindicato dos trabalhadores da indústria automotiva (UAW, na sigla em inglês), Ron Gettelfinger, afirmou que um acordo de resgate da indústria automotiva pode ser alcançado ainda hoje e o sindicato está pronto para colocar todas as opções na mesa em qualquer discussão sobre a ajuda. A idéia de um financiamento de curto prazo é manter as três principais montadoras do país em operação enquanto continuam as negociações políticas sobre uma ajuda de longo prazo e a reestruturação das montadoras, até que os Democratas assumam o controle do Congresso e da Casa Branca. Uma demora na discussão de questões mais fundamentais também garantiria que Obama tenha uma voz ativa no futuro da indústria. Paralelamente, as companhias continuam deixando evidente os sinais da crise econômica mundial. O conglomerado industrial norte-americano 3M, com atuação em vários países, revisou para baixo sua projeção de lucro em 2008 e 2009, depois de informar corte de 1,8 mil funcionários na última sexta-feira (5/12). As ações da companhia caíram 2,4% no pré-mercado. Os papéis da Dow Chemical cederam 3,6% após a gigante química informar corte de 5 mil no mundo, equivalente a 11% do total de sua mão-de-obra, e fechamento de 20 fábricas, além da venda de vários negócios não estratégicos.