postado em 09/12/2008 12:25
A fabricante alemã de automóveis Volkswagen informou nesta terça-feira (9/12) que sua divisão financeira, a Volkswagen Financial Services, pediu ajuda ao governo da Alemanha, dentro do programa do país para ajudar o setor bancário. Além disso, a empresa informou que não conseguirá cumprir suas metas nos próximos dois anos devido aos efeitos da crise.
A Volkswagen Financial Services e o Banco Volkswagen apresentaram pedidos de garantias de empréstimos através do Soffin, um fundo governamental para estabilização do mercado financeiro. Em outubro o Bundestag (Câmara dos Deputados da Alemanha) aprovou um pacote de resgate de 500 bilhões de euros (US$ 640 bilhões) preparado pelo governo para ajudar os bancos do país contra a crise financeira global.
O pacote inclui 400 bilhões de euros (US$ 512 bilhões) em recursos para garantir débitos e outros 100 bilhões de euros (US$ 128 bilhões) para a compra de papéis "podres" (cujo risco de calote é muito alto).
A Volkswagen Financial Services é a maior empresa européia no segmento de financiamento de automóveis, e emprega mais de 6 mil pessoas no mundo todo - dos quais, cerca de 3.800 na Alemanha.
Sobre a produção, o chefe do conselho de fábrica da empresa, Bernd Osterloh, disse em um comunicado que "a crise financeira vai impedir-nos de alcançar nossas metas de crescimento tais como foram planejadas para os próximos dois anos".
O chefe de pessoal da empresa, Horst Neumann, disse que a empresa irá estender o recesso de Natal na Alemanha por cinco dias a mais que no ano passado.
No terceiro trimestre, a Volkswagen teve um lucro líquido de 3,733 bilhões de euros (US$ 4,839 bilhões), um aumento de 28,5% em relação aos números do mesmo período do ano passado. O presidente da Volkswagen, Martin Winterkorn, se mostrou satisfeito com os resultados graças a uma série de modelos que respeitam o meio ambiente.
No fim de outubro, quando os resultados foram anunciados, o diretor financeiro da Volkswagen, Hans Dieter Pötsch, havia reiterado as previsões para o conjunto de 2008 "apesar da dramática piora das condições da economia global e da indústria automobilística nos últimos meses".