postado em 09/12/2008 17:48
Os preços dos alimentos no mundo cairão 23% em 2009 frente à média registrada este ano e o barril de petróleo ficará em torno dos US$ 75, acima da sua atual cotação de US$ 43, informou nesta terça-feira (9/12) o Banco Mundial.
O Banco Mundial lembrou em seu relatório sobre perspectivas econômicas globais para 2009, publicado hoje, que o colapso do crescimento mundial reverteu o aumento registrado nos preços das matérias-primas durante a primeira metade deste ano com fortes quedas em todos os preços desde meados de julho.
O organismo destacou que embora os preços reais dos alimentos e dos combustíveis tenham registrado uma considerável queda, ainda seguem altos frente aos níveis dos anos 90 e as repercussões sociais originadas por causa da escalada dos preços continuam.
Segundo o Banco Mundial, os elevados preços dos alimentos e dos combustíveis custaram aos consumidores nos países desenvolvidos cerca de US$ 680 bilhões em despesas extras em 2008 e deixaram entre 130 e 155 milhões de pessoas a mais vivendo na pobreza.
Além disso, o relatório afirmou que a atual crise financeira global com epicentro nos EUA esfriou, a curto prazo, as perspectivas dos países em desenvolvimento.
O estudo acrescentou que é provável que o volume de fluxos comerciais globais se reduza pela primeira vez desde 1982, com uma contração esperada de 2,1% em 2009.
Segundo o Banco Mundial, a economia global enfrenta agora um período de transição de uma longa fase de forte crescimento dirigida pelos países em desenvolvimento à outra de grande incerteza provocada pela crise financeira que atingiu os mercados a nível mundial.
O relatório prevê que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas) global aumentará 2,5% em 2008 e 0,9% em 2009. Os países em desenvolvimento crescerão, segundo o banco, cerca de 4,5% no ano que vem, abaixo do crescimento de 7,9% em 2007.
A análise do Banco Mundial prevê também que o crescimento do investimento irá desacelerar em 2009 com um aumento previsto de 1,3% nos países desenvolvidos e de 3,5% nos países em desenvolvimento, contra os 13% em 2007.