postado em 09/12/2008 21:35
A plataforma P-51, a primeira unidade do tipo semi-submersível totalmente construída no Brasil, está sendo transportada para a Bacia de Campos, no Norte Fluminense, onde deverá entrar em operação em janeiro do próximo ano, no campo de Marlim Sul.
Com custo aproximado de US$ 1 bilhão, a P-51 foi montada no estaleiro Bras Fels, em Angra dos Reis, gerou mais de 4 mil empregos diretos e 12 mil indiretos.
A obra faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do Plano de Antecipação da Produção de Gás Natural (Plangás) e do Plano Diretor de Escoamento e Tratamento (PDET) da Bacia de Campos, sistema logístico estratégico para o escoamento de petróleo e gás produzidos nessa região.
Com capacidade para produzir até 180 mil barris diários de petróleo, a plataforma deve chegar ao campo em, aproximadamente, uma semana. Segundo informações da Petrobras, a unidade será ancorada a uma profundidade de 1.255 metros e a 150 quilômetros da costa.
Em entrevista, o gerente de Empreendimentos do campo de Marlim Sul, Roberto Moro, disse que a nova unidade, além de contribuir com os planos da Petrobras de aumento da produção e da manutenção da auto-suficiência na produção de petróleo, é um marco no processo de retomada da indústria naval brasileira.
Moro informou, ainda, que a unidade levará cerca de uma semana para chegar à Bacia de Campos, onde será interligada à linha de produção composta por 19 poços, sendo 10 deles produtores de óleo e gás e 9 injetores de água.
Produção e empregos
A produção inicial deverá ser de 10 mil a 20 mil barris de petróleo por dia, atingindo a plena carga entre o final de 2009 e o início de 2010. Com conteúdo nacional (bens e serviços) acima de 75%, a P-51 foi uma obra pioneira em muitos aspectos, com destaque para a produção do primeiro casco semi-submersível brasileiro e para a operação de deck mating, união da parte superior da plataforma ao casco.
No último dia 1º de dezembro, a Petrobras já havia colocado em operação, no campo de Marlim Leste, também na Bacia de Campos, a plataforma P-53. Com investimento de cerca de US$ 1,6 bilhão, a P-53 foi a primeira unidade de produção a operar em Marlim Leste.
Em sua fase de construção, a P-53 gerou cerca de 4,5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos. A unidade também é considerada estratégica para garantir a manutenção da auto-suficiência nacional em petróleo.
Assim como a P-51, a plataforma tem capacidade de produzir até 180 mil barris de petróleo do tipo pesado e comprimir até 6 milhões de metros cúbicos diários de gás.