postado em 10/12/2008 08:51
O acordo sobre o plano de resgate de US$ 15 bilhões para as montadoras americanas levou ânimo aos investidores asiáticos e as Bolsas fecharam altas pelo terceiro dia consecutivo na região. Congressistas democratas e negociadores da Casa Branca anunciaram na noite desta terça-feira (9/12) a aprovação dos principais pontos do plano para salvar General Motors, Ford e Chrysler.
O movimento unânime foi causado pela esperança com a ajuda oficial do governo dos EUA para tirar da falência as principais fabricantes de carro do país - e duas das maiores do mundo: Ford e GM. Os políticos esperam votar o plano de US$ 15 bilhões ainda nesta quarta-feira (10/12).
"É uma ótima notícia o fato de o governo dos EUA salvar companhias cuja falência poderia ser um duro golpe à economia", afirmou Takashi Ushio, da Marusan Securities. "Enquanto o resgate às montadoras não quebrar o sistema, isso resolve o principal problema do ano, que é a quebra das ´três grandes´.".
A Bolsa de Tóquio (Japão) encerrou o dia com ganho de 3,15%, aos 8.660,24 pontos, no índice Nikkei 255. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 5,59%, aos 15.577,70 pontos, perto do fim do dia. Já o KOSPI, da Bolsa de Seul (Coréia do Sul) registrou alta de 3,62%. Em Xangai (China), o Shanghai Composite subiu 2,03%.
O ASX da Bolsa de Sydney (Austrália) subiu 1,12%, mesmo com o anúncio da mineradora anglo-australiana Rio Tinto de que vai demitir 14.000 funcionários. O corte representa 13% do quadro de funcionários da multinacional, principal concorrente da brasileira Vale, para se recuperar de uma dívida de quase US$ 40 bilhões.
Assessores do governo e do Partido Democrata declararam que ainda há alguns pontos em aberto, mas não definiram quais seriam os impasses.
Entre os principais pontos que ainda faltam ser definidos estão a criação de uma autoridade responsável por controlar os fundos e acompanhar a reforma do setor e a garantia de viabilidade das empresas para o acesso aos recursos.
As montadoras se comprometeram a promover reestruturações para receber os aportes bilionários. As empresas pedem um total de US$ 34 bilhões para reestruturação. Já a administração Bush defende que o dinheiro para um eventual pacote destinado à indústria automobilística nacional não deve sair dos US$ 25 bilhões.