Economia

Bolsas européias caem com setores químico e de tecnologia

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postado em 10/12/2008 09:14
As Bolsas européias operam em baixa nesta quarta-feira (10/12), com as perdas registradas nas ações nos setores de tecnologia e químico. A notícia de que congressistas democratas e governo nos EUA chegaram a um acordo sobre o pacote de ajuda ao setor automobilístico não evitou que os investidores vendessem papéis, ficando com os lucros acumulados nas três últimas sessões. Nas Bolsas da Ásia e região, o dia foi de ganhos. Às 8h25 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em baixa de 0,61% no índice FTSE 100, indo para 4.354,60 pontos; a Bolsa de Paris caía 0,74% no índice CAC 40, indo para 3.272,86 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha ligeira variação negativa de 0,06% no índice DAX, operando com 4.776,32 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha baixa de 0,41% no índice AEX General, que estava com 252,36 pontos; a Bolsa de Zurique estava em baixa de 1,13%, com 5.779,45 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha baixa de 0,50% no índice MIBTel, que ia para 15.143 pontos. Na Ásia e região, a Bolsa de Tóquio encerrou o dia com ganho de 3,15%, aos 8.660,24 pontos, no índice Nikkei 255. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 5,59%, para 15.577,74 pontos. Já o Kospi, da Bolsa de Seul (Coréia do Sul) registrou alta de 3,62%. Em Xangai (China), o índice Shanghai Composite subiu 2,03%. O ASX da Bolsa de Sydney (Austrália) subiu 1,12%, mesmo com o anúncio da mineradora anglo-australiana Rio Tinto de que vai demitir 14 mil funcionários. O corte representa 13% do quadro de funcionários da multinacional, principal concorrente da brasileira Vale, para se recuperar de uma dívida de quase US$ 40 bilhões. Na Europa, os setores de mídia, tecnologia e comunicações tinham perdas. As ações do grupo francês de mídia e telecomunicações Vivendi caíam mais de 3%, depois de dois dias de ganhos; a empresa controla a companhia de entretenimento eletrônico norte-americana Activision Blizzard, com 54$ de participação. A Electronic Arts, também do setor de jogos eletrônicos, informou ontem após o fechamento dos mercados que sua receita e seu lucro em 2009 devem ficar abaixo do previsto devido às fracas vendas nos EUA e na Europa. No setor químico, as ações da Air Liquide caíam 5,5%; enquanto as da Linde caíam 4,6%. A Praxair, empresa norte-americana líder mundial na indústria de gases, informou que reduziu suas previsões de lucros no quarto trimestre e disse que vai cortar 1.600 empregos devido à queda "sem precedentes" na demanda devido à recessão. No setor automobilístico, as ações da General Motors (GM) na Bolsa alemã tinham alta de 5,7%. Na noite desta terça-feira (9/12) negociadores da Casa Branca e congressistas democratas chegaram a um acordo para aprovar o plano de resgate de US$ 15 bilhões para as três grandes montadoras enfrentarem a crise financeira. Os pontos principais do plano de resgate foram aceitos e os políticos esperam votá-lo ainda nesta quarta-feira. As empresas, no entanto, haviam apresentado um pedido de US$ 34 bilhões para realizarem sua reestruturação. A Casa Branca e os republicanos querem que as empresas só recebam ajuda se comprovarem viabilidade a longo prazo. GM, Ford e Chrysler terão até 31 de março de 2009 para provar que conseguirão se manter em meio às quedas nas vendas do setor e à derrubada da produção. O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou duramente as administrações das empresas nesta semana. "Devemos ter uma indústria automotiva que compreenda que não pode continuar trabalhando da mesma maneira", afirmou Obama durante uma coletiva de imprensa em Chicago. "Se os diretores atualmente em função não entenderem a emergência da situação e não quiserem fazer escolhas difíceis e se adaptar às novas circunstâncias, então deverão se afastar". Para ele, quebrar não é uma opção. "Eu não acho que é uma opção simplesmente deixar que entre em colapso", disse. "O que nós temos que fazer é dar ao setor assistência, mas essa assistência é condicionada a significativos ajustes. Eles terão que reestruturar (o setor)." O líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, afirmou que a proposta inicial é um fracasso porque "não dá garantias aos contribuintes, que, com razão, esperam que sejamos bons guardiões do dinheiro que ganharam com o suor de seu trabalho e que não pediremos a eles que desembolsem bilhões de dólares a mais, a curto ou longo prazo". "Esta proposta não vai muito longe. Não exige prestação de contas nem dos diretores nem do sindicato", avaliou.

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