postado em 10/12/2008 09:17
O nível de emprego na indústria caiu 0,2% em outubro, na comparação com o mês anterior, informou nesta quarta-feira (10/12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro, o número de empregos gerados no setor industrial havia registrado variação positiva de 0,1% em relação a agosto.
De acordo com o IBGE, o resultado interrompe quadro de estabilidade na comparação com o mês anterior que se apresentava desde agosto.
Na comparação com outubro do ano passado, houve aumento de 1,6%. Foi o 28° mês consecutivo com resultado positivo na comparação com igual período no ano anterior. De janeiro a outubro, o IBGE verificou crescimento de 2,6% em relação a período correspondente no ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta chega a 2,7%.
O valor da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria teve queda de 0,2% em outubro, na comparação com setembro, após alta de 2,7%. Em relação a outubro do ano passado, o incremento foi de 5,1%. De janeiro a outubro, o acréscimo foi de 6,6%, e nos últimos 12 meses, também acumula alta de 6,6%.
O IBGE indicou que, na comparação com outubro de 2007, houve crescimento dos postos de trabalho em 11 dos 18 setores pesquisados, com destaque para máquinas e equipamentos (8,3%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,4%) e meios de transporte (7,1%). Em sentido contrário, vestuário (-7,3%), madeira (-10,9%) e calçados e têxtil (-5,4%) exerceram as principais pressões negativas.
Nas regiões avaliadas, constatou-se incremento no nível de emprego na indústria em 10 das 14 áreas pesquisadas, com maiores impactos observados em São Paulo (1,7%), Minas Gerais (5%) e Rio Grande do Sul (3,2%), na comparação com outubro de 2007.
Em relação a outubro de 2007, o ganho salarial na indústria foi constatado em todas as regiões pesquisadas com destaque para São Paulo, cujo aumento chegou a 3,9%, principal contribuição para o índice.
A folha de pagamento real cresceu em 11 dos 18 ramos investigados, na comparação com outubro de 2007. Os maiores impactos positivos vieram de meios de transporte (8,9%), máquinas e equipamentos (9,8%) e produtos de minerais não-metálicos (21,1%).